Autor
Mara Lúcia Martins Magela
maralumm@hotmail.com
Danyela Cristina Marques Pires
Doutorandas em Agronomia – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Regina Maria Quintão Lana
Professora de Fertilidade e Nutrição de Plantas – UFU
rmqlana@hotmail.com
Kennedy Humberto Parreira Brandão
Graduando em agronomia – Centro Universitário do Triângulo – UNITRI
O manejo da adubação na agricultura brasileira caracteriza-se, principalmente, pelo uso de fontes de fertilizantes solúveis que, em sua maioria, são importados, finitos, não renováveis, escassos e que podem ter baixa eficiência. Tais características expõem o País às oscilações de preços internacionais e aumenta o peso dos fertilizantes nos custos de produção (Pillon, 2017).
Assim, a busca por novas tecnologias que contribuam para o alcance de maiores produtividades de forma equilibrada e sustentável é constante na agricultura atual. Neste contexto, o uso de fontes alternativas de fertilizantes tem crescido em sistemas de produção agrícola, com excelentes resultados para inúmeras culturas (Martins et al, 2008; BAMBERG, 2017).
Dentre as formas de fertilização que reúnem características de eficiência e sustentabilidade, encontra-se a prática da rochagem, conhecida também como remineralização do solo. Trata-se de instrumento biofísico capaz de minimizar as problemáticas do solo a longo prazo, permitindo uma prática de manejo do solo de forma mais equilibrada e de baixo custo (Van Straaten, 2006).
Em detalhes
Rochagem é a denominação dada à utilização de pó de rocha como fertilizante natural para fins na agricultura, em que ocorre a disponibilização de nutrientes dos minerais para as plantas, considerando a mineralogia e a geoquímica da rocha selecionada (Silveira, 2016).
No sentido amplo da palavra ‘rochagem’, a função desse tipo de aplicação inclui calagem, calagem associada à fertilização e fertilização em associação ou não com produtos orgânicos naturais que possam promover melhorias nas propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo.
Fernandes et al. (2010) sugerem que as rotas tecnológicas para o uso eficiente dos pós de rochas disponíveis no Brasil incluam moagem fina e acidulação, como ocorre com testes em rochas fosfáticas. Além disso, há a biossolubilização, que envolve processos de compostagem, mistura com enxofre ou gipsita e acidulação parcial. Esses autores comentam também que há possibilidade de se utilizar de processos térmicos e combinação de nutrientes com resíduos orgânicos para obtenção de um composto orgânico.
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