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Resultados do nitrogênio de liberação lenta para folhosas

Diego Henriques Santos

Engenheiro agrônomo da CODASP – Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo

dhenriques@codasp.sp.gov.br

Lívia Creste Losi

Engenheira agrônoma

liviacrestelosi@gmail.com

Foto 02A produção de hortaliças é a atividade que mais se identifica como opção de agronegócio para os produtores rurais familiares, em virtude de não exigir grandes áreas, demandar mão de obra familiar e existir diferentes canais de mercado para comercialização.

A alface é uma das hortaliças mais populares plantadas e consumidas no Brasil e no mundo, mesmo com as diferenças climáticas e hábitos alimentares. E o nitrogênio é o elemento de maior influência na produção desta cultura, desempenhando papel fundamental no crescimento e desenvolvimento das plantas.

As principais fontes de fertilizantes nitrogenados utilizados para adubação da cultura são ureia, sulfato de amônio, nitrato de potássio, nitrato de amônio e salitre do Chile, sendo as perdas por lixiviação dessas fontes muito acentuadas, variando em função do solo e do clima da região. Desta forma, torna-se vantajosa a utilização de adubos de liberação lenta, que proporcionam um fornecimento gradual, melhorando a eficiência e reduzindo as perdas por lixiviação.

 

Principais exigências nutricionais da alface

Um fator importante para o sucesso da cultura da alface é a adubação. Esta é extremamente exigente em nutrientes, principalmente nitrogênio, potássio, cálcio e fósforo. Doses adequadas de nitrogênio favorecem o crescimento vegetativo, o acúmulo de massa e aumento da área foliar, entretanto, o excesso pode ocasionar uma série de problemas, entre as quais, perda de qualidade do produto.

Já o potássio é importante para a síntese de proteínas, carboidratos e lipídeos, para o metabolismo da clorofila e de outras enzimas e também essencial para a divisão celular e para a abertura e fechamento dos estômatos.

Entretanto, o excesso deste nutriente pode provocar um desequilíbrio nutricional, dificultando a absorção de cálcio e magnésio. A adubação mineral para fósforo e potássio dependerá do nível de fertilidade do solo. O fósforo pode variar de 50 a 350 kg/ha de P2O5; o potássio de 50 até 100 kg/ha de K2O e o nitrogênio, de modo geral, recomenda-se 50 kg/ha de N.

Eficiência

O ciclo da alface é curto, no entanto a adubação nitrogenada convencional exige aplicações de cobertura, uma vez que o nitrogênio é de fácil lixiviação e pelo fato da alface absorver maior quantidade na fase final do ciclo de cultivo. Logo, na adubação convencional o parcelamento irá garantir a disponibilidade do nitrogênio no momento em que a cultura mais precisa, evitando a deficiência nutricional, o que é de extrema importância, pois a restrição da adubação nitrogenada pode inibir rapidamente o desenvolvimento vegetal, retardando o crescimento da planta, induzindo a má formação da cabeça e o amarelecimento das folhas mais velhas, com consequentes perdas de produção e qualidade.

Existem no mercado adubos de liberação lenta para culturas de diferentes ciclos. A tecnologia foi desenvolvida para que a liberação dos nutrientes ocorra de maneira controlada, conforme a necessidade das plantas, e por isso são também chamados de adubos inteligentes, ou de liberação controlada.

Encontram-se também fertilizantes de liberação lenta em conjunto com os fertilizantes convencionais de liberação imediata. Esta combinação cria uma curva de liberação de nutrientes exata à necessidade de determinadas culturas, proporcionando uma melhor nutrição durante todo o ciclo, evitando perdas pelo excesso ou consumo de luxo.

Manejo

É possível o uso de nitrogênio em dose única no plantio de alface, com dose específica do nutriente de liberação lenta, diferente da forma convencional de condução, com o parcelamento do nitrogênio em aplicações de cobertura.

Um indicativo do teor de nitrogênio presente no solo é a quantidade de matéria orgânica do mesmo. Cerca de 5% da matéria orgânica do solo é constituída por nitrogênio total. Portanto, deve-se sempre realizar a análise de solo, que por sua vez deve ser interpretada por um engenheiro agrônomo para saber a real necessidade em quantidade e tipo de nutrientes a serem aplicados no solo.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de maio 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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