A produção de sementes de milho híbrido envolve um processo sofisticado para disponibilizar aos clientes os melhores híbridos com tecnologia de ponta, com alta qualidade, em quantidade adequada e na hora certa.
Assim, as grandes empresas produtoras de sementes de milho normalmente possuem certificação em ISO 9001:2008 e/ou ETS ““ ExcellenceThroughStewardship, o que evidencia a existência de um padrão de qualidade nos procedimentos e processos internos ao longo de todas as etapas: produção, processamento, análises, armazenamento e distribuição, tanto para semente básica quanto para sementes comerciais.
“O planejamento da produção de sementes de milho deve ser realizado com bastante cuidado, baseado em estimativas de vendas tangÃveis, pois mesmo utilizando-se de premissas apuradas, como a mesma é realizada com um ano de antecedência, a transferência de materiais de uma safra para a outra é comum ocorrer. As sementes que sobraram em estoque devem ser devidamente armazenadas em condições de temperatura e umidade controladas, com monitoramento e controle constante de pragas“, recomenda Denise Miranda, gerente de qualidade de sementes de milho da Syngenta, falando em nome da ABRASEM.
É lei
É determinado por lei que todo lote de sementes de milho, para ser comercializado, deve ser submetido a testes laboratoriais que avaliam sua qualidade física e fisiológica, seguindo metodologia e padrões específicos de qualidade interna e regulamentados por lei. Como resultado destas análises é gerado um Boletim de Análise de Sementes (BAS) que apresenta também a validade do teste de germinação.
De acordo com a IN45, de 17/09/2013, que estabelece os padrões de identidade e qualidade para a produção e a comercialização de sementes de grandes culturas no País, a validade dos testes de germinação e infestação de um lote de primeira análise é de 12 meses. É permitido por lei a reanálise de lotes e o prazo de validade do novo teste é de oito meses.
Denise Miranda informa que as sementes que permaneceram em estoquee que estão com a validade vencida passam pelo procedimento padrão interno de Revalidação, no qual os lotes são retrabalhados pela área de produção, novamente amostrados e reenviados para os laboratórios de controle de qualidade, que são obrigatoriamente credenciados junto ao MAPA e seguem anorma ISO 17025.
A reanálise
“A definição legal de reanálise é a análise realizada em nova amostra do lote, visando exclusivamente à revalidação do teste de germinação e sementes infestadas. Além de tais testes, o controle de qualidade interno de cada empresa determina a execução de outros testes para a caracterização da qualidade do produto“, explica a representante da ABCSEM.
Todo e qualquerlote é liberado para comercialização somente após passar pelos mesmos testes e critérios de avaliação utilizados para sementes de safra nova e apenas se atingir os padrões internos de qualidade e os requisitos legais, que são exatamente os mesmos dos produtos de safras novas, de primeira análise.
As empresas de sementes definem seus padrões de forma a garantir que um produto de qualidade seja entregue ao produtor, independente da safra de produção.
A rastreabilidade das informações da safra de sementese a validade das análises de qualidade é garantida pela etiqueta da sacaria e em todos os documentos obrigatórios que acompanham o lote, como o Termo de Conformidade e o Termo Aditivo.
Para a cultura do milho, reitera Denise Miranda, o processo de reanálise de sementes é comum e garante o equilíbrio na oferta do produto, permitindo a disponibilidade do volume necessário e do híbrido desejado no momento que o agricultor precisa.