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Sistema de Mudas Pré-Brotadas: a inovação no modo de plantar cana

Créditos: Luize Hess

Foi lançada a quarta edição do Programa +Cana, fruto da parceria entre o Instituto Agronômico (IAC), a Cooperativa Agroindustrial (Coplana) e a Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba (Socicana), que resultou em uma mudança de paradigma no plantio de cana-de-açúcar.

O projeto envolve o Sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB), desenvolvido pelo IAC há 10 anos e transferido a canavicultores de diversas regiões do Brasil, com acompanhamento técnico em todo o processo e cessão de novas variedades de cana IAC, adaptadas às regiões de cultivo.

A qualificação da produção tem contribuído para alçar alguns produtores a viveiristas de mudas credenciados pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Este nível de profissionalização é uma conquista da equipe responsável pelo trabalho e dos agricultores envolvidos, na avaliação do pesquisador do IAC e coordenador do projeto de MPB, Mauro Alexandre Xavier.

Para esta nova edição está sendo proposta uma maior capilaridade, podendo chegar ao total de 50 participantes associados à Coplana e Socicana. O objetivo é fazer a ligação com os beneficiados de edições anteriores de forma integrada.

Valor agregado

De acordo com Xavier, uma muda pré-brotada é um produto com valor agregado, que transfere ao setor produtivo uma possibilidade de multiplicação acelerada, e às variedades de cana IAC a garantia de suas características genéticas, vigor e padrão fitossanitário.

“As variedades entregues aos participantes do Programa +Cana são indicadas em função de critérios técnicos, considerando as características da região. Para a quarta edição serão indicadas as seguintes variedades: IACSP95-5000, IACSP95-5094, IACSP01-3127, IACSP01-5503 e IACSP97-4039.

Esse trabalho é orientado pelo compartilhamento da produção: o IAC faz a etapa de brotação da muda, considerada a mais crítica, oferecendo o material pré-brotado ao agricultor, que faz a aclimatação 1 e 2, dentro da propriedade, e finaliza a MPB. “A ideia é levar para dentro da propriedade rural essa forma compartilhada entre a pesquisa científica e um grupo de produtores, que se dividem na tarefa de gerar o produto usado pelo setor”, diz o pesquisador do IAC.

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