Autor
Afonso Peche Filho
Pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas
afonsopeche@gmail.com
Atualmente, as atividades agrícolas da forma que são realizadas produzem, sabidamente, impactos significativos na diversidade de espécies, no solo, nos rios e no clima. A ocupação e uso da terra de maneira tradicional resultam em fragmentação de habitat e compromete seriamente a biodiversidade.
O solo mobilizado perturba ou extingue as espécies e o uso intenso de máquinas agrícolas impõe simplificações e provoca degradações físicas irreversíveis. O uso extensivo de agrotóxicos causa perdas de uma infinidade de espécies.
A erosão genética resultante de “modernos” programas de melhoramento diminui a diversidade genética do agroecossistema. Sabidamente, algumas atividades agrícolas, como consorciação, rotação e práticas de agricultura orgânica são favoráveis à conservação da biodiversidade, mas, como seguem o modelo tradicional de produção, são insuficientes.
Neste sentido, na maioria dos casos as atividades agrícolas concentram-se apenas na produção, enquanto os impactos nas plantas e animais selvagens são negligenciados. Diante desta realidade, é necessário discutir propostas de produção de alimentos rentáveis e ecologicamente adequados.
Propostas de como a ocupação e uso da terra no modelo de sucessão de monoculturas podem ser modificados para melhorar a conservação dos recursos biológicos e a viabilidade da agricultura em longo prazo são continuamente discutidas.
O caminho
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