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Substrato de qualidade garante mudas de boa sanidade

Susana Gazire

Engenheira agrônoma e secretária executiva da INPAS ““ Associação Brasileira de Insumos para Agricultura Sustentável

Augusto Yamaguti

Engenheiro agrônomo e fundador da INPAS

 

Crédito Cláudio Roberto Ribeiro
Crédito Cláudio Roberto Ribeiro

A qualidade do substrato depende de sua estrutura física e composição química. De acordo com a legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os substratos para plantas deverão ser classificados quanto à origem e tipo de matéria-prima utilizada em sua fabricação.

Tão importantes quanto as matérias-primas utilizadas são a harmonia e sinergia que o fabricante consegue obter nas formulações, atendendo às especificações do cliente. Garantir que o resultado final seja um produto com propriedades e características controláveis facilita o manejo do substrato tanto no viveiro como no campo.

No que se refere aos limites máximos exigidos pela legislação do MAPA, os substratos para plantas devem ser isentos de sementes ou qualquer material de propagação de plantas daninhas, alguns gêneros de fungos fitopatogênicos e demais contaminantes microbiológicos, tais como coliformes, helmintos e Salmonella SP.

Ainda faltam estudos sobre quais misturas de matérias-primas são mais interessantes e conferem as melhores qualidades. Parte desses estudos será conduzida no Programa de Qualidade ““ PCQINPAS, que se encontra no 3º ano de resultados e esforço técnico, rumo à elaboração do manual e selo de qualidade produzido pelas empresas fabricantes.

Origem

A maioria dos substratos comerciais faz uso de material reciclado, tais como cascas vegetais, pó de coco, entre outros, porém, isso não implica necessariamente num custo baixo de produção, pois estes materiais devem passar por processos de transformação controlados e monitorados constantemente por meio da compostagem, afinal são materiais “vivos“, com diferentes dinâmicas até sua bioestabilização.

Características de um bom substrato

De acordo com a legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atualizada em março de 2016, os substratos para plantas devem apresentar garantias de condutividade elétrica (CE), potencial Hidrogeniônico (pH), umidade máxima, densidade e capacidade de retenção de água (CRA).

Facultativamente, poderá ser oferecida garantia para capacidade de troca catiônica (CTC), expressa em mmolc. dm-3 ou mmolc.kg-1. Para fins de registro de produto, além das garantias supracitadas, deverá ser informada a natureza física do produto.

A INPAS ressalta que hoje a categoria dos substratos para plantas possui legislação específica graças ao trabalho consistente e insistente da associação, que desde 2012 batalhou pela consolidação e difusão da importância no uso de substratos de qualidade, fortalecendo a agricultura nacional.

Vale enfatizar que as características e propriedades do substrato para plantas têm relação direta com a finalidade de uso.

O substrato substitui o uso da terra, com vantagens nutricionais e fitossanitárias às mudas - Crédito Allan Camatta
O substrato substitui o uso da terra, com vantagens nutricionais e fitossanitárias às mudas – Crédito Allan Camatta

Influência direta nas mudas

O substrato substitui o uso da terra, fato que confere vantagens nutricionais e fitossanitárias às mudas.Possui uso amplamente divulgado na cadeia de produção de mudas de hortaliças, essências florestais, ornamentais e alguns exemplares da cadeia da fruticultura (com destaque para a cafeicultura e citricultura).

Em 2012 foi publicado um artigo que citou o uso de substrato vegetal em substituição ao uso de solo na produção de mudas de seringueiras para prevenção da disseminação de nematoides.

Em alguns cultivos protegidos, como tomate, pimentão e morango já se utiliza o substrato na própria fase de produção, em substituição ao solo, conferindo vantagens à produtividade, custos de adubação e tratamento fitossanitário.

O substrato desempenha funções diretas na manutenção do sistema radicular, na estabilidade da planta, suprimento de água, nutrientes, oxigênio e no transporte de dióxido de carbono entre as raízes e o ar externo.

Atenção redobrada

O mau uso do substrato afeta diretamente a qualidade da muda produzida, pois o risco de disseminação de doenças aumenta. Um dos principais causadores da perda de qualidade das mudas são os patógenos do solo, principalmente fungos como Rhizoctoniasolani, Pythiumsp. eFusarium sp., responsáveis pelo tombamento de mudas em diversas culturas, e que pode ocorrer antes ou após a emergência das plantas.

Os substratos de baixa qualidade resultam em dificuldades no manejo da irrigação, nutrição e tratos fitossanitários, trazendo prejuízos ao consumidor final, seja no estande final, mudas deficientes ou inapropriadas para o plantio, resultando em prejuízos no campo.

Essa matéria completa você encontra na edição de julho/agosto 2016  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

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