A proposta é mostrar a enorme variedade de cultivares e incentivar o aumento de consumo de hortaliças por brasileiros, que hoje consome um terço da quantidade de vegetais recomendada pela Organização Mundial de Saúde
Por mais um ano a Isla promoveu o evento Super Campo, que recebeu na propriedade de 14 hectares que a Isla Sementes mantém no município de Viamão (RS), muitos produtores, revendedores, representantes e distribuidores, para os quais foram apresentados os produtos comerciais de alto desempenho. “Compartilhamos o pré-lançamento e também as técnicas de cultivo. Procuramos ajudar o produtor de todas as formas – a produzir melhor e entender o mercado“, garante a presidente da Isla, Diana Werner.
O Super colheita e o Colheita dos Chefs encerram o evento Super Campo, que consiste na colheita de hortaliças e vegetais. Dispostos em três diferentes bancas junto das hortas, profissionais da Isla fizeram a apresentação de alguns produtos, alguns deles novidades, para comparação e degustação dos convidados. Cada banca levou a mensagem de “˜Vamos comer melhor’, e apresentou diversos produtos in natura e pratos elaboradOs com as verduras colhidas no campo.
O Super colheita e o Colheita dos Chefs reuniram um público de influenciadores, chefs de cozinha e alguns produtores. Nesseano os três eventos reuniram 330 pessoas.
Lançamentos
Cláudio Nunes, gerente de Desenvolvimento de Produtos, destacou, durante o evento, o lançamento do tomate SicÃlia, do segmento gourmet amarelo, tipo uva, e o Catânia, tipo cereja laranja, chegando a 12ºbrix e sabor muito acentuado.
Ainda em destaque estavam o tomate Lucca, do tipo Saladete, com resistência ao fusarim 3, ao vira-cabeça e à mosca-branca, que são os males mais temidos pelo produtor; e o Enzo, um tomate tipo Italiano com resistência ao fusarium 3 e ao ATY.
Também foram apresentados três novos minipimentões: amarelo, vermelho e laranja; e três quiabos: Cariri (quinado, de cor verde intensa), Canindé e Guará (mais avermelhado). “O grande diferencial desses produtos é sua precocidade, facilitando a colheita para o produtor“, diz Cláudio Nunes.
Outra novidade durante o evento foi a cebola Diamantina, que é bem adocicada, e a pimenta Ibaté, doce, alongada, com cerca de 20 cm, e diferenciada no mercado brasileiro.
De ponta a ponta
O objetivo do evento, segundo Diana Werner, presidente da Isla Sementes, é conectar as pontas da alimentação saudável, e para isso a empresa tem buscado, na última década, reestabelecer seu papel na sociedade.
“Nós, como desenvolvedores e produtores de sementes, temos tentado entender o que é preciso para de fato mudarmos o mercado da horticultura, fazer com que ela evolua e assuma o papel de protagonista na cadeia de alimentação saudável. Então, vimos que é preciso estar em contato com a ponta, e fazemos isso por meio de uma comunicação clara e eficiente, além de prática, desde o produtor, passando pelos parceiros, até chegar ao consumidor. Durante o evento vi os chefs exclamarem “˜Nossa!’ao experimentarem a berinjela redonda Niobe e os mini pimentões“, orgulha-se Diana Werner.
Público ávido por novidades
O leque de produtos para Colheita Jovem está aumentando, incluindo a abobrinha Gringo, que pode, inclusive, ser colhida com a flor que se comercializa na Europa, beterraba Merlot, cenoura Suprema, que sai de um ciclo de 50 a 60 dias para apenas 30, feijão-vagem e pepino jovem, além de rúcula, cebolinha Saara e Atlântica, manjericão e micro-verdes, o que resulta em menor risco para o produtor, já que diminui o tempo de produção e aumenta a concentração de nutrientes, um fator excelente para o consumidor final.
Também está dentro da Colheita Jovem o pepino Durango, que é super crocante, de pele lisa e ciclo muito curto. Nas versões mini, estão disponíveis os pimentões, abóboras e manjericões.
As abóboras pequenas Mini Jack são uma aposta de mercado, tendo sido muito bem aceitas, e por isso já têm outro lançamento para breve. “É possível agregar valor a muitos itens culinários, por exemplo, entregando a cebolinha com a raiz, porque os chefs usam o bulbilho branco, até a raiz. Vender os produtos inteiros (cenoura e beterraba com rama, cebolinha com raiz) gera um custo, é claro, mas também tem como agregar valor e repassar, sem pesar para ninguém“, declara Diana Werner.
Sabe o que faz
Em 2018 a Isla completa 63 anos, com muita história e inovação. “Sentimo-nos enriquecidos pela mudança que está havendo na sociedade, com o trabalho sendo reconhecido. Temos trabalhado fundamentalmente para dar acesso às pessoas a hortaliças de qualidade, e ao produtor a uma semente de qualidade, com variedades que possam atender esse novo mercado, que valorizar especialmente a qualidade“, pontua Diana.
Atualmente, a Isla tem mais de 600 variedades e trabalha para aumentar ainda mais esse número em pelo menos 50% nos próximos dois a três anos. “Trabalhamos com variedades focadas no mercado brasileiro para atender as diferentes necessidades climáticas e tecnológicas, sempre buscando oferecer acesso às sementes de melhor qualidade, independente do tamanho do produtor e do seu nível tecnológico. EvoluÃmos a nossa discussão para fazer um produto realmente saboroso e nutritivo, que faça o consumidor sair da ala convencional. O Brasil precisa vencer a barreira de enxergar verdura como cenoura ralada, alface e tomate em rodelas. E isso não é possível sem variedades, sem qualidade e sem sabor“, define a empresária.
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