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Tecnologia aprovada

Crédito O' Coffee
Crédito O’ Coffee

A O’Coffee, divisão de agronegócios do Grupo Sol Panamby, engloba seis fazendas produtoras de café, todas interligadas e localizadas em Pedregulho (SP), somando mais de 5.000 hectares, com mais de 1.100 deles já dedicados ao cultivo do café. Trata-se de um modelo de negócio diferenciado no Brasil, de produção de cafés especiais com venda direta para o cliente externo, com atuação da semente à xícara. No caso da O’Coffee, a venda é feita para mais de 15 países, atualmente.

“O diferencial em relação ao que geralmente se faz é que, além da produção de cafés especiais, onde os cafés não são tratados como commodity, o canal de venda também é diferente, pois realizamos a exportação diretamente para o cliente no exterior, sem intermédio de exportadoras ou cooperativas. Além disso, no campo nós produzimos com o uso de tecnologias avançadas, como agricultura de precisão e outros manejos,buscando otimizar a produtividade por meio da tecnologia. Cuidamos desde o desenvolvimento de sementes e das mudas, do plantio, do desenvolvimento das árvores, tratos culturais, colheita, todo o processo de pós-colheita, controle de qualidade e o produto final, que é o café especial“, esclarece Ubion Terra, diretor executivo da O’Coffee.

O projeto, que já tem a torrefação e também as cafeterias em São Paulo, a Octavio Café, está em expansão. “Abrimos três novas lojas nos últimos meses. De fato, o projeto é da semente à xícara, ou seja, toda a cadeia dentro de um mesmo plano“, pontua.

 

Ubion Terra, diretor executivo da O' Coffee e Vanderlei Serafim, gerente agrícola - Crédito Luize Hess
Ubion Terra, diretor executivo da O’ Coffee e Vanderlei Serafim, gerente agrícola – Crédito Luize Hess

Café para todos os gostos

Na fazenda existem áreas demarcadas para determinados países/mercados, nas quais os clientes determinam que produto gostariam de ter. Segundo Ubion Terra, esse relacionamento próximo e o fato de não trabalhar com commodities, e sim com um produto especial, também é uma excelente ferramenta de marketing.

Ele conta que os principais países consumidores do seu café estão no Hemisfério Norte, e antes de iniciar a parceria há um trabalho de relacionamento e confiança na empresa e no produto, para que o modelo seja sustentável.

A empresa O' Coffee exporta cafés especiais para 15 países - Crédito O' Coffee
A empresa O’ Coffee exporta cafés especiais para 15 países – Crédito O’ Coffee

Certificação de origem

A origem do café pode ser rastreada, um investimento feito pela O’Coffee para garantir aos seus clientes estrangeiros que o fruto é produzido com toda a sustentabilidade que o consumidor exige. “O consumidor não quer café de origem de mão de obra escrava, que cause impactos ao meio ambiente, ou que tenha sido produzido com produtos que chegarão à xícara e farão mal à saúde dele. Esse consumidor se preocupa com toda a cadeia produtiva do café. É justamente por isso que temos as principais certificações internacionais“, justifica Ubion Terra.

Quando o empresário fala de sustentabilidade, ele não se refere somente à questão ambiental, mas também social, pois existe o vínculo de transferência direta para o produtor, fazendo referência à qualidade do produto e aos projetos sociais e ambientais, ou seja, é todo um cuidado envolvido na cadeia para trazer um café de qualidade, produzido com a maior responsabilidade possível, em todos os aspectos.

Todo o trabalho relatado é realizado desde que a O’Coffee foi criada, há seis anos, quando se iniciou este modelo de negócio focado na qualidade e no relacionamento.

No primeiro ano de implantação da AP, a O'Coffee economizou R$ 500 mil - Crédito O' Coffee
No primeiro ano de implantação da AP, a O’Coffee economizou R$ 500 mil – Crédito O’ Coffee

Tecnologias em primeira mão

Atualmente, a O’Coffee se destaca não apenas pela abordagem do projeto de vendas e seu modelo de trabalho, mas também pelas ações tecnológicas realizadas dentro da fazenda, como a agricultura de precisão, adotada em 2011. “Buscamos a tecnologia para termos a certeza de que estamos fazendo a coisa certa no campo. Sem a agricultura de precisão, aplica-se uma quantidade padrão de nutrientes para cada hectare, o que pode não ir de encontro às necessidades da planta“, contesta Ubion Terra.

Para Vanderlei Serafim, gerente agrícola da O’Coffee, enquanto os produtores que são resistentes às novas tecnologias podem jogar excesso de adubos por hectare, por exemplo, aplicamosapenas o necessário. Assim, ao mesmo tempo em que otimizamos o gasto, a produtividade melhora porque está sendo aplicado justamente o que a planta precisa.

Na fazenda existem áreas demarcadas para determinados paísesmercados - Crédito O' Coffee
Na fazenda existem áreas demarcadas para determinados paísesmercados – Crédito O’ Coffee

Cafeicultura de precisão

Para implantar a agricultura de precisão, Vanderlei Serafim visitou outros produtores que já faziam, e então instalou um experimento em 300 hectares, para avaliar o processo.

“Temos um conselho agronômico que avalia todos os estudos conduzidos. Depois do primeiro ano, passamos de 300 hectares com cafeicultura de precisão para a área total, os mais de 1.100 hectares, o que foi um desafio. Tivemos que comprar as máquinas para adaptar na cafeicultura, fazer as análises de solo e de folha. No primeiro ano a economia que fizemos com a agricultura de precisão foi em torno deR$ 500 mil, comparando-se ao que faríamos em aplicação com taxa fixa“, calcula o gerente da fazenda.

Ainda segundo ele, o custo com a taxa variável pode aumentar, mas a segurança de um trabalho certo, aplicando-se a quantidade certa, no local certo, não tem preço. No segundo ano a economia já não foi tão grande, porque o solo vai equilibrando conforme a aplicação.

 A agricultura de precisão proporciona grãos de melhor qualidade - Crédito O' Coffee
A agricultura de precisão proporciona grãos de melhor qualidade – Crédito O’ Coffee

Essa é parte da matéria de capa da revista Campo & Negócios Grãos, edição de outubro 2016. Adquira a sua para leitura completa.

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