A Feira Três Lagoas Florestal, a maior do setor florestal não só do Brasil, mas das duas Américas, que acontecerá entre os dias 2 e 4 de junho deste ano, vai atrair cerca de 150 marcas e gerar mais de R$ 60 milhões em negócios.
O diretor executivo do Painel Florestal e organizador da feira, Robson Trevisan, destacou que nos últimos oito anos a empresa de comunicação especializada no setor florestal participou de feiras em diversos países, com destaque para Suécia, Finlândia, Austrália, Chile, Canadá e Estados Unidos – entre outros ““ aprimorando o knowhow para a realização de eventos.
A feira, que tem o apoio do governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, vai reunir um setor gerador de R$ 56 bilhões de participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País e que emprega cerca de 4,5 milhões de trabalhadores.
O governador Azambuja deixou claro que o Estado detém nove milhões hectares de terras degradadas que podem ser aproveitadas pelo setor florestal. Nos últimos 13 anos, o setor saltou de 60 mil para 800 mil hectares de florestas plantadas e, até 2020, deve chegar a um milhão, tendo em vista os projetos de ampliação anunciados por grandes empresas instaladas no município de Três Lagoas, além dos novos projetos previstos para o Estado.
Resultados acima do esperado
Para a prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, a realização da primeira edição da Feira Três Lagoas Florestal, em 2012, trouxe resultados acima das expectativas, como negócios realizados em torno dos R$ 40 milhões e mais R$ 6 milhões injetados diretamente na cidade, o que inclui hotéis, restaurantes, prestadores de serviços e postos combustÃveis, por exemplo.
“Tivemos a participação de grandes empresas do setor florestal de todo o País e nesta segunda edição teremos um número maior de empresas e marcas, demonstrando que mesmo em um cenário de dificuldades econômicas mundiais, o setor florestal brasileiro quer abrir novas frentes mercadológicas“, avaliou Márcia Moura.
Carlos Castro, pequeno empresário de Três Lagoas voltado para o segmento de comunicação visual, disse que na primeira edição nem participou diretamente da feira e obteve um faturamento 30% maior por causa dos negócios gerados no evento. “Foi impressionante, porque mesmo com uma desconfiança inicial, conseguimos fazer grandes negócios. Por isso, nesta segunda edição vamos participar diretamente da feira. É inegável os avanços que o evento proporcionou ao município“, observou Castro.
Desafios
Na avaliação do presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Marco Garcia, o desafio agora é maior devido ao cenário econômico que o Brasil e o mundo enfrentam. Garcia tem convicção que a cidade de Três Lagoas continuará a atrair investimentos para a silvicultura.
Já o secretário de Agricultura do Estado, Fernando Lamas, frisou que o setor se fortaleceu com a celulose e agora vai começar uma nova etapa, com o segmento de móveis e a geração de energia via biomassa. “O governo sabe da potencialidade florestal e vai trabalhar forte para fazer do Mato Grosso do Sul destaque no cenário mundial no setor. A feira trará bons resultados“, garante o secretário.