17.5 C
Nova Iorque
sábado, setembro 21, 2024
Início Revistas Grãos Trichoderma tem ação biofertilizante

Trichoderma tem ação biofertilizante

Daniela Tiago da Silva Campos

Doutora e professora da Universidade Federal do Mato Grosso(UFMT), Campus de Cuiabá (MT)

camposdts@yahoo.com.br

Thayllon Victor da Silva

Marcos Franciel Alves de Freitas

Graduandos em Agronomia – UFMT

Renato de Almeida Júnior

Engenheiro agrônomo – Marubeni SpecialtyChemicals INC.

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

O Trichoderma é um fungo naturalmente encontrado no solo, principalmente na região tropical. É de grande importância por participar na decomposição e mineralização de material orgânico, além de ser utilizado no controle de fitopatógenos e na indução de resistência das plantas contra doenças.

Algumas espécies de Trichoderma melhoram a assimilação de nutrientes da planta, apresentando capacidade de atuar como bioestimulantes do crescimento radicular, auxiliando no desenvolvimento de raízes por meio de fitohormônios.

Outras ainda são capazes de colonizar as raízes, aumentando a superfície total do sistema radicular, facilitando o acesso da planta aos nutrientes no solo; aumentando a resistência diante de fatores bióticos e abióticos, além de degradar fontes de nutrientes que são importantes para o desenvolvimento do vegetal.

Benefícios

O uso de Trichoderma apresenta benefícios principalmente em relação a sua eficiência e a sustentabilidade. Como pode atuar como controle biológico de algumas pragas, o Trichoderma possibilita a redução, ou até mesmo o desuso de agrotóxicos, diminuindo o efeito residual que esses produtos químicos podem causar ao meio ambiente e possibilitando a produção de alimentos mais saudáveis.

A eficiência do uso se apresenta na versatilidade, já que pode ser aplicado em várias culturas, até mesmo no tratamento de sementes, evitando que doenças atinjam e prejudiquem a lavoura.

Sem erros

Para que o uso de Trichoderma apresente bons resultados, devem-se evitar produtos de qualidade duvidosa ou que estejam vencidos; deve-se seguir a recomendação do fabricante quanto à dosagem, aplicação e até mesmo armazenamento.

Recomenda-se que tudo esteja de acordo com as informações contidas no rótulo do produto. E se persistir dúvida no que está apresentado no rótulo do produto, deve-se enviar o material para análise em um laboratório de confiançada área agrícola.

Os produtos biológicos, em relação aos químicos, são bem mais sensíveis e específicos, logo, se utilizados em uma área desuniforme, os resultados também se apresentarão desiguais.

Manejo

O Trichoderma pode ser usado no tratamento de sementes imunizando as plantas de doenças causadas por fungos e bactérias patogênicas, bem como em cobertura sobre a cultura, de forma a induzir a planta a expressar um conjunto de proteínas de resistência e fitoalexinas.

Há vários resultados de aumento na produtividade das lavouras.

O Trichoderma protege a lavoura de fungos e bactérias de solo - Crédito Ademir Torchetti
O Trichoderma protege a lavoura de fungos e bactérias de solo – Crédito Ademir Torchetti

Viabilidade

A dosagem recomendada de Trichoderma é de 60 a 100 g/ha, sendo que o custo varia entre R$ 40,00 a R$ 50,00/ha. E o custo final dependerá do tamanho da área que o produtor rural irá utilizar o produto.

Quanto ao retorno com a utilização da tecnologia, pode variar para cada região, mas são necessários de três a quatro anos para que o produto tenha o efeito desejado.

Realidade

O que está ocorrendo atualmente em muitas regiões produtoras de grãos, como é o caso do Estado de Mato Grosso, é a multiplicação do Trichoderma na propriedade rural, que pelo MAPA não é proibido, mas, na prática, microrganismos indesejáveis também são multiplicados e veiculados nas lavouras.

Por isso, fica o alerta. Feito sem critérios, o produtor pode levar prejuízos para sua lavoura.

Essa matéria você encontra na edição de agosto 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes