Pequenos e médios agricultores, cooperados e profissionais de empresas do agronegócio adquirem capacitação para treinar mão de obra rural
A Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agrotóxicos (UR) formou sua primeira turma de multiplicadores de treinamento no final do mês de abril último. Foram diplomados 12 participantes do curso de estreia da entidade, entre pequenos e médios produtores rurais, cooperados e profissionais que atuam em empresas de ponta do agronegócio, como Citrosuco e Syngenta.
Criada por uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC) – órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP -, e a iniciativa privada, a Unidade de Referência tem como objetivo capacitar agentes multiplicadores para treinar mão de obra qualificada ao manejo de agrotóxicos.
O presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região Centro Paulista (Cooperfasc), Naderço Constantino, foi um dos frequentadores do curso da UR. Ele destacou que sua formação como multiplicador de treinamento permitirá aprimorar a qualidade e a segurança das pulverizações com agrotóxicos realizadas na área de abrangência da cooperativa.
“Essa turma agora está apta a compartilhar conhecimento e a treinar mão de obra para o uso correto e seguro de defensivos agrícolas, com base na Norma Regulamentadora 31.8 (N.R. 31,8), do Ministério do Trabalho e Emprego“, celebra o pesquisador cientÃfico Hamilton Ramos, coordenador da UR.
Segundo Ramos, a UR anunciará em breve às datas dos próximos cursos que irá ministrar este ano. A meta da entidade é investir no treinamento de turmas formadas por no máximo 15 pessoas. “Nossa métrica principal jamais será o número de pessoas treinadas, mas a qualidade dos treinamentos“, ressalta o pesquisador.
O CEA/IAC estima que entre 25 milhões e 30 milhões de pessoas trabalham atualmente no agronegócio. Desse montante, em torno de 4,5 milhões são analfabetos, 12 milhões atuam como temporários e 85% exercem suas funções em pequenas propriedades.
“Compartilhar informação de qualidade no meio rural é a melhor estratégia para reverter esse cenário“, conclui Hamilton Ramos.
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