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sábado, novembro 23, 2024
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Uso de clones é o diferencial no sucesso da heveicultura?

Autores

José Geraldo Mageste
Engenheiro florestal, PhD e professor – Universidade Federal de Uberlândia (UFU/ICIAG)
jgmageste@ufu.br
Joicy Vitoria Miranda Peixoto
Engenheira agrônoma, doutoranda e técnica de laboratório – UFU/ICIAG
joicyvmpeixoto@ufu.br
Emmerson Rodrigues de Moraes
Engenheiro agrônomo e professor do IFGoiano
emmerson.moraes@ifgoano.edu.br
Crédito Paulo Brito

Um fato tentador para o leigo ou para o agricultor desavisado é a possibilidade de formar um seringal de produção por meio do plantio de mudas oriundas da brotação de sementes, sem fazer a enxertia. Talvez porque as sementes de seringueira brotam emitindo uma parte aérea vigorosa, com lançamentos longos e folhas verdes intensas. Ledo engano.

Em se tratando de seringueira, “filho de peixe não é alevino”. Assim, mesmo sementes provenientes de plantios de um clone (diz-se “sementes monoclonais”) não reproduzem todas as características deste clone. Isto acontece principalmente com a produtividade.

A manifestação de genes deletérios é intensa e se uma árvore do clone está produzindo 400 ml de látex não quer dizer que suas sementes produzirão indivíduos com igual produtividade. No clone RRIM 600 (Ruber Research Institute of Malasya – 600) por exemplo, é grande a frequência de indivíduos albinos (sem clorofila), que morrem nos primeiros meses após germinação. A sua descendência por sementes são indivíduos de péssima produção de látex.

Opções

Atualmente, encontra-se disponível no mercado uma série de clones de seringueira que variam na adaptação às diferentes condições edafoclimáticas e produtividade. Por isto, a opção por determinado clone deve ser feita com certos cuidados.

Existem características peculiares de cada clone, inclusive variando entre plantios solteiros e sistemas agroflorestais. Estas características diferem os clones em crescimento, intensidade e tamanho de copa, produtividade, crescimento radicular, respostas às variações de temperatura e umidades do solo e do ar. 

Clones que, por exemplo, apresentam copas menos densas, com período regular de troca de folhas, são os mais indicados para instalação de seringais nas chamadas Zonas de Escape do Mal das Folhas. Esta é uma doença fúngica que se torna epidêmica e chega a inviabilizar a instalação dos seringais na região equatorial.

Diferencial dos clones

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