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Uso de transgênicos reduz demanda por terra

 

Relatório global mostra que ao longo dos últimos 20 anos, em média, os OGM reduziram o uso de defensivos químicos em 37%, ao mesmo tempo em que aumentaram a produtividade em 22% e os rendimentos dos agricultores em 68%.

 

CréditoShutterstock
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Devido ao manejo facilitado e às menores perdas em função de pragas (insetos e plantas daninhas), os organismos geneticamente modificados (OGM) têm maior potencial produtivo, colaborando assim para reduzir a pressão da agricultura sobre áreas de proteção ambiental.

De acordo com o relatório divulgado pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), se as 441,4 milhões de toneladas adicionais de alimentos e fibras produzidas globalmente entre 1996 e 2013 não fossem provenientes de cultivos geneticamente modificados (GM), seriam necessários 132 milhões de hectares a mais, o equivalente à soma das áreas dos estados de maior produção agrícola no Brasil, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

O aumento de produtividade obtido pela adoção de biotecnologia é especialmente relevante no cenário atual, em que se buscam formas de viabilizar a produção de alimentos para uma população em crescimento (9,6 bilhões de pessoas em 2050) sem comprometer a sustentabilidade dos recursos naturais.

De lá pra cá

Em 2014, o Brasil cultivou 42,2 milhões de hectares com as culturas transgênicas, um crescimento de 4,7% em relação ao ano anterior. Com essa área, o País está atrás apenas dos Estados Unidos (73,1 milhões de ha) no ranking mundial de adoção de biotecnologia agrícola.

Em seguida, aparecem Argentina (24,3 mi/ha), Índia (11,6 mi/ha), Canadá (11,6 mi/ha) e China (3,9 mi/ha). Em todo o mundo, 28 países plantaram 181,5 milhões de hectares com sementes transgênicas, um aumento de mais de seis milhões de hectares em relação a 2013. Isso demonstra que, cada vez mais, essa tecnologia oferece benefícios agronômicos, sociais, econômicos e ambientais.

Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil, explica queno Brasil, a taxa de adoção foi de 89,3%, considerando soja, milho e algodão, as três culturas GM aprovadas comercialmente no país. No caso da soja, 93% da área foi plantada com variedades transgênicas, para o milho (safras de inverno e verão) a taxa foi de 82% e para o algodão, 66%.

Milho tolerante à seca

Além de características agronômicas (tolerância a herbicidas e resistência a insetos), pesquisadores também estão empenhados em desenvolver vegetais com características de resistência a estresses abióticos (seca, solos salinos, inundações etc.).

O primeiro milho tolerante à seca plantado nos EUA, entre 2013 e 2014, teve sua área multiplicada em 5,5 vezes, refletindo a aceitação dessa tecnologia pelos agricultores locais.

Essa matéria  você encontra na edição de março da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua.

 

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