Autora
Raíra Andrade Pelvine
Engenheira agrônoma e mestranda em Agronomia/Horticultura, Unesp-Botucatu
raira_andeplvine@hotmail.com
Devido à constante busca e necessidade de se obter dados de maneira rápida e precisa para diversas etapas da produção (desde a análise do solo até a identificação de pragas), o uso de sensores remotos se torna cada vez mais importante e necessário.
Em consequência, faz-se necessário também o aperfeiçoamento, desenvolvimento e adaptação de novas ferramentas para o gerenciamento de sensores, bem como para o tratamento e análise dos dados obtidos pelos mesmos.
Dentre as vantagens dessa tecnologia estão a captação de imagens com alta resolução e frequência de captura em tempo real; monitoramento de grandes áreas em tempo real, detecção atual do estado em que se encontra a cultura; auxílio na observação e monitoramento das áreas cultivadas, muito importante quando se relaciona ao manejo de pragas e doenças na lavoura; identificação de assoreamento de rios em áreas de difícil acesso, onde muitas vezes não há possibilidade de entrada de veículos; acompanhamento de safras, sendo que alguns equipamentos podem ajudar até na determinação da estimativa de safra, por meio das imagens em tempo real e de alta resolução que são capturadas na lavoura.
Há, ainda a identificação de áreas com pragas e falhas em lavouras; o zoneamento de sítios homogêneos, pois muitas vezes é possível determinar e delimitar algumas áreas onde podem ocorrer manchas de solo ou maior encharcamento de solo, entre outras diferenças.
Os drones ainda permitem a detecção e monitoramento das áreas de incêndios; a redução de custos, quando comparado com os voos tripulados para fins de monitoramento da área.
Entre as culturas beneficiadas pelo uso de drones estão a cana-de-açúcar, soja, milho, trigo, arroz, algodão, citros, batata, tomate (inclusive industrial), eucalipto, espécies florestais, entre outros.
Obstáculos
Entre os obstáculos estão as limitações técnicas. É sabido que estas se dão principalmente em torno do tipo de modelo, plataforma aérea usada, suas capacidades e os tipos de sensores, em que muitas vezes podem não parecer ideais para alguns levantamentos, principalmente os que requerem melhor qualidade posicional do produto desejado.
Os VANTs de menor custo geralmente só conseguem levar a bordo câmeras leves e amadoras. São veículos menos estáveis e têm motores com potências inferiores, o que faz reduzir a qualidade das imagens e limitar a altitude alcançável de voo.
A autonomia de voo também é outra questão que pode trazer dificuldades e até mesmo pode impossibilitar levantamentos de regiões muito extensas. Outro quesito é em relação à legislação a respeito do uso destes equipamentos para fins profissionais.
É importante, portanto, ficar atento à legislação, pois ela ainda está em construção, e, portanto, sujeita a mudanças. E para evitar erros, o operador ou produtor devem ficar atentos à eficiência no processamento dos dados (imagens), pois quanto maior a resolução, maior será a precisão dos dados.