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Viveiro Monte Alegre – Mudas feitas por profissionais

Créditos Luize Hess
Créditos Luize Hess

O Viveiro Monte Alegre, sediado em Ribeirão Corrente(SP) já participou de cinco edições do Simcafé com seu estande. Para André Luis da Cunha, sócio-diretor do Viveiro Monte Alegre e da Fazenda Bela Época, o evento traz a oportunidade de difundir tecnologias, que é o propósito do viveiro também.

“Como trabalhamos com sementes e mudas, consideramos que esta é a base da cafeicultura. A participação dos cooperados da Coocapec e de outros produtores tem sido muito efetiva, e a cada ano percebemos um público maior“, pontua André Luis.

A empresa

O Viveiro Monte Alegre já existe há quase 40 anos, e há 10 anos migrou do sistema convencional de produção para as mudas em tubetões com substrato à base de fibra de coco. Esse sistema traz como vantagem a segurança para o cafeicultor no sentido de ser livre de pragas e nematoides, muito presentes, atualmente, nas áreas de café em todo o Brasil.

“A fibra de coco que usamos como base para o substrato é esterilizada, originada de Belém do Pará, o que garante sua condição livre de pragas e doenças. Os nematoides, por exemplo, depois de presentes trazem grande risco de contaminação aos solos, e quisemos trazer essa segurança para nossos clientes“, diz o proprietário do Viveiro Monte Alegre.

O ciclo de produção de mudas leva em torno de sete meses, e o viveiro, durante esse tempo, faz as análises de raízes para ter a liberação do CFO.

Risco iminente

O Viveiro Monte Alegre já existe há quase 40 anos - Créditos Luize Hess
O Viveiro Monte Alegre já existe há quase 40 anos – Créditos Luize Hess

A mecanização sem critérios tem sido uma grande responsável por disseminar os nematoides, segundo André Luis, que é uma das maiores preocupações dos cafeicultores atualmente, porque a produtividade cai drasticamente, quando da sua presença, além de desvalorizar a terra infestada. “Não existe, até hoje, uma forma 100% eficiente para o controle dos nematoides. Uma vez contaminado o solo, este não ficará mais livre da praga e então o produtor terá que conviver com ele“, alerta o profissional.

No caso da produção de mudas, a produção em tubetes, com fibra de coco esterilizada e a utilização de água de poço profundo são as medidas tomadas no Viveiro Monte Alegre para se livrar do problema. “Temos o plantio mecanizado de mudas que nos permite plantar de 25 a 30 mil mudas por dia, com 10 pessoas de apoio à máquina. Temos, também, o transporte automatizado, para levar mais muda e de forma mais otimizada ao local de plantio, diferente do sistema convencional, sem lesões às mudas“, compara André Luis.

O enraizamento também é um ponto positivo assinalado por ele, visto que o substrato de fibra de coco é aerado, beneficiando o sistema radicular, que apresenta três vezes o peso seco, comparado ao convencional, refletindo em melhor pegamento das mudas.

Para o empresário, mudanças na produção de mudas deixaram de ser um capricho para serem uma necessidade, e as tecnologias estão aí para ajudar, a exemplo do sistema de tubetes, que ainda possibilita maior uniformidade de plantas no campo, uma vez que há padrão na fibra e nos adubos utilizados, característica que fideliza os clientes do Viveiro Monte Alegre.

Especialista em cafeicultura

 André Luis da Cunha, sócio-diretor do Viveiro Monte Alegre e da Fazenda Bela Época - Créditos Luize Hess
André Luis da Cunha, sócio-diretor do Viveiro Monte Alegre e da Fazenda Bela Época – Créditos Luize Hess

O Viveiro também é produtor de sementes para suas próprias mudas e para outros viveiristas. Para tal, conta com campos de melhoramento genético e de coleta de sementes, tudo registrado no MAPA. “Há alguns anos investimos em uma câmara fria para armazenar essas sementes, e assim evitar que elas percam seu teor de germinação. Isso possibilita ter mudas de café durante todo o ano, o que só cessa nos meses mais frios, que é entre maio e julho, perfazendo um total de quatro milhões de mudas ao ano, que são comercializadas em São Paulo, Minas Gerais, e até para países do exterior“, informa André Luis.

Atualmente, são trabalhadas 10 variedades de café, entre elas o Catuaí Vermelho-99, Catuaí Amarelo-62, Catucaí 2SL, Obatã Amarelo, IAC 125, Topázio, Bourbon Amarelo, Mundo Novo e ainda 150 variedades em testes nos campos de melhoramento genético do viveiro, em parceria com o IAC e o Procafé.

Essa matéria você encontra na edição de maio 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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