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Por que produzir o adubo na fazenda?

Antonio Teixeira

antonio@agrolibertas.com.br

Crédito Antonio Teixeira
Crédito Antonio Teixeira

Milhares de produtores de alimentos, em todo o mundo, aproveitam os resíduos da atividade agropecuária para fertilizar suas terras. A maioria simplesmente aplica, nas lavouras ou nos pastos, esses materiais sem nenhum tipo de tratamento. Dependendo do material e da quantidade, essa prática costuma ser benéfica para o solo, durante alguns anos. No entanto, em áreas grandes a logística desse procedimento o torna uma opção de baixa viabilidade.

Coleta, armazenamento, manuseio, transporte e aplicação se tornam operações volumosas e adicionais, já que o produtor, em geral, acaba usando as duas adubações: a orgânica e a química ou mineral.

O custo acaba subindo, pois não se tem confiança em substituir plenamente a adubação convencional. A fazenda se enche de moscas, de vermes, de cheiro desagradável, e os funcionários passam a trabalhar em ambiente pouco agradável.

No solo, a adição anual, em grandes volumes, de esterco in natura, principalmente de aves, suínos e mesmo de confinamentos bovinos, acaba provocando importantes danos e desequilíbrios biológicos, físicos e químicos.

Alguns produtores realizam uma compostagem rústica, misturando de qualquer forma diferentes resíduos de natureza animal e vegetal, adicionando água e revirando algumas vezes o material, com uma pá acoplada ao trator. Esse sistema já é uma evolução em relação ao anterior, sob todos os aspectos citados.

No entanto, o produtor, quase sempre, continua sem informação sobre a uniformidade, qualidade da adubação feita e se a quantidade aplicada foi pouca ou excessiva para o solo e para as plantas.

Fabricação própria

Um número bem menor de produtores já descobriu que investir na fabricação do próprio adubo pode ser um grande negócio, desde que seja feito da mesma forma como ele produz alimentos: com ciência, técnica, planejamento e capricho!

Investir na compra de uma compostadeira, em um pátio de compostagem, treinar um funcionário, são algumas ações necessárias. Controle de umidade, temperatura, aeração, aspecto visual e odor serão atividades diárias desse funcionário. Os cálculos das quantidades de materiais, incluindo os pós de rocha, devem ser feitos considerando as análises de solo e dos materiais, bem como as necessidades da cultura.

O resultado final é uma sensível redução de custos, solos e plantas equilibrados e bem nutridos, passivos ambientais bem aproveitados e produtores independentes e felizes. Liberte-se dos paradigmas que te foram impostos!

Essa matéria você encontra na edição de janeiro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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