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segunda-feira, maio 6, 2024
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Sojicultores precisam investir no perfil do solo para alcançar altas produtividades

Autores

Elisamara Caldeira do Nascimento
Doutora em Ciência do Solo e pós-doutoranda em Agricultura Tropical – Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
Glaucio da Cruz Genuncio
Doutor em Agronomia e professor de Fitotecnia – UFMT
glauciogenuncio@gmail.com
Fotos: Shutterstock

Os solos são definidos como corpos naturais independentes, constituídos de materiais minerais e orgânicos, organizados em camadas e/ou horizontes. A unidade básica do solo é chamada de pedon, do grego que significa solo, terra. Ela vai da superfície ao material de origem .

A face do pedon é chamada de perfil de solo. O perfil do solo é utilizado para fins de exame, descrição, coleta e classificação dentro de um sistema organizado. Para o caso do Brasil, seguimos o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos.

Então, o perfil do solo é a seção vertical, da superfície até a rocha matriz, sendo dividido em horizontes mais ou menos paralelos. Os horizontes são camadas de solo com características em comum que ocorrem em função dos processos pedogenéticos atuantes ao longo do tempo. Essas características podem ser relativas à espessura, cor, textura, estrutura e outras.

Ponto de partida

Conhecer o perfil do solo é fundamental para o sucesso da produção, pois possibilita a tomada da melhor decisão e adoção das técnicas de manejo mais adequadas. Considerando que o planejamento do negócio é o primeiro passo do empreendimento e, quando bem feito, aumenta drasticamente nossas chances de obter bons resultados, fica evidente a necessidade de se conhecer o local onde as plantas estão se desenvolvendo e retirando tudo que é necessário para sua sobrevivência.

Isso ocorre porque o perfil do solo é um dos fatores que pode limitar as atividades que podemos desenvolver nas áreas agrícolas. Desta forma, quando se busca altas produtividades é necessário interpretar o sistema produtivo de forma integrada e tomar decisões específicas e pontuais. Isto determinará o sucesso da lavoura.

Quando falamos em “construção de perfil do solo”, nos referimos a formas de manejo para melhorias da capacidade química, física e biológica destes ambientes. Além disto, este termo se refere a trabalhos que envolvam além da camada arável, proporcionando melhorias em todo o sistema até profundidades maiores.

O perfil químico do solo se relaciona às características químicas de interesse agronômico que nele ocorrem e nossa preocupação é disponibilizar os nutrientes essenciais às plantas em quantidades ideais e no momento oportuno. Essas características englobam o pH, capacidade de troca de cátions, teor de nutrientes, teor de matéria orgânica e presença de possíveis elementos tóxicos no perfil do solo.

Não é novidade que a maioria dos solos brasileiros, abrangendo os diversos biomas, são ácidos e, por isso, a calagem é uma prática obrigatória, caso você queira extrair todo o potencial produtivo das plantas.

Viabilidade

Mesmo sendo uma prática simples e com custo relativamente baixo, a calagem ainda é negligenciada em muitas propriedades agrícolas. É importante ressaltar a importância da calagem. Essa prática objetiva fazer com que o pH do solo alcance valores na faixa de 6 a 6,5, ideal para maioria das culturas, incluindo a soja e tornar o Al tóxico, indisponível para as plantas.

Além disto, o calcário (CaCO3) também fornece Ca para o perfil, mas por ser um produto pouco móvel, estas melhorias se concentram na camada em que foi incorporado. Assim, a maioria das raízes ficam mais próximas da superfície do solo, o que compromete a absorção de nutrientes pelas raízes. E consequentemente, o desenvolvimento das plantas na sua lavoura.

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