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Com manejo diferenciado, produtores atingem recordes nacionais

Crédito Shutterstock
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Alterando o programa de adubação da soja associado às boas práticas agrícolas, o agrônomo e consultor técnico, Antônio Cavicchioli Pereira Neto, junto com o agricultor Arthur Exley Edwards, de Ponta Porã (MS), atingiram a melhor produtividade do Centro-Oeste na última safra, com 127,17 sacas por hectare, e objetivam volume ainda superior no atual ciclo. A experiência foi estimulada pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), por meio do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja.

 “Revisamos o nosso programa de adubação no solo, e principalmente foliar, e constatamos ganhos na fase de enchimento e no peso do grão, além de atingirmos a produtividade esperada“, pontua o agrônomo, ao abrir a planilha que indica investimento de R$ 30 por hectare de soja produzida.

Para o Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja safra 2015/16, Pereira Neto, que administra cerca de 40 propriedades que somam 30 mil hectares, pretende aumentar suas chances no prêmio, inscrevendo mais de uma área. Ele quer superar as 127 sacas, mas, para isso, depende da colaboração climática, uma vez que a região Sul de Mato Grosso do Sul está com chuvas abundantes, enfrentando inclusive áreas alagadas.

O segredo

A complexação de nutrientes por aminoácidos de origem natural permite formular fertilizantes foliares que apresentam vantagens para diferentes culturas de grãos e hortifrúti. As soluções auxiliam na correção de deficiências nutricionais causadas por estresse biológico, físico ou químico, por exemplo.

Além disso, possuem elementos mais biodisponíveis, ou seja, com um grau de aproveitamento superior, o que favorece a velocidade e a eficiência da absorção pelas plantas. Essa característica é benéfica principalmente em áreas afetadas pelo fenômeno climático El Niño, como as regiões Sul e Sudeste, que têm registrado índices pluviométricos elevados.

Leonardo Latalisa França, da fazenda Gleba da Barra, alcançou 113,32 scha - Crédito Arquivo pessoal
Leonardo Latalisa França, da fazenda Gleba da Barra, alcançou 113,32 scha – Crédito Arquivo pessoal

Minas Gerais em destaque

Leonardo Latalisa França, da fazenda Gleba da Barra, localizada em Brasilândia de Minas (MG), plantou 1.000 hectares na safra 2014/15 e 1.650 hectares na safra 2015/16. Na área irrigada, ele alcançou 113,32sc/ha, alterando o manejo nutricional, além de basear-se no balanço e equilíbrio de nutrientes. “Tivemos como base uma fertilidade bem estabelecida no solo, com uma adubação completa no conjunto fornecido na base, cobertura e aplicações foliares, e nessa safra 2014/15 fizemos a aplicação de 50 kg de sulfato de amônia via pivô para fornecimento de N e S“, entrega Lucas Gontijo de Araújo, assistente técnico comercial de uma revenda agrícola que orientou o produtor.

Além da aplicação de sulfato de amônio via pivô, ele garante que nada foi mudado no programa de adubação de solo e foliar. “O manejo usado na área campeã e aquele adotado como padrão em toda a fazenda, nessa safra 15/16, estamos trabalhando com um fertilizante especial“, relata.

Receita de sucesso:

  • Pré-plantio: 150 kg de KCl(90 kg/ha K2O)
  • Plantio: 170 kg/ha do adubo 09-49-00 (15 kg/ha de N e 83kg/ha de P2O5).
  • Cobertura (R2): 50 kg/ha de 20-00-00 (10 kg/ha de N e 12 kg/ha de S).

O objetivo de Lucas Gontijo é atingir a produção de 150 sc/ha.

 João Paulo de Sá Dantas, agrônomo de Elizana Baldissera Paranhos, alcançou 122,99 scha - Crédito Arquivo pessoal
João Paulo de Sá Dantas, agrônomo de Elizana Baldissera Paranhos, alcançou 122,99 scha – Crédito Arquivo pessoal

Fatores positivos

“Optamos por usar um manejo fitossanitário que, além de nos dar um ótimo controle de ferrugem asiática e DFC’s, proporciona um melhor engalhamento, maior conservação do baixeiro, maior quantidade de vargens e peso de grãos. Tanto o manejo fitossanitário quanto o nutricional é baseado no profissionalismo do produtor Leonardo, que fundamenta-se em aplicações preventivas completas e de qualidade“, detalha Lucas Gontijo.

Entretanto, as condições críticas, tanto em termos pedológicos quanto climáticos, com extremos de temperatura e alto potencial de perdas de nutrientes por lixiviação e alta mineralização de matéria orgânica, exigem um alto grau de investimento e comprometimento dos agentes que participam do processo produtivo.

Sudeste se sobressai mesmo sem irrigação

A produtora ElizanaBaldissera Paranhos, da fazendaCalabilú, em Capão Bonito (SP), produz 1.200 ha de soja. No Desafio Nacional de Máxima Produtividade, que ela venceu na categoria Sudeste não irrigado, com 122,99sc/ha, sua adubação foi igual ao restante da fazenda, com a diferença de que a área inscrita no concurso estava mais corrigida para o melhor aproveitamento dos nutrientes.

“O solo do desafio possui alta fertilidade devido a culturas utilizadas anteriormente, como a batata,porém esse talhão, em especial, possui características que proporcionaram o crescimento radicular até as camadasprofundas do solo, tendo assim melhor aproveitamento da água em situações de estresse hídrico“, justifica João Paulo de Sá Dantas,engenheiroagrônomo que acompanhou a produtora.

O solo é eutrófico (V% de >50) até a camada de 60 cm, e mesotrófico(V% de 30 a 50) até 1,2 m de profundidade e com níveis de pH e cálcio adequados em todas as profundidades.

Outra característica muito importante foi que o solo não apresentava compactação(um sério problema das áreas de plantio direto), sendo que as leituras feitas com o penetrômetro(instrumento que mede a compactação) não ultrapassaram 1,3 MPa (adequado para crescimento radicular).

Essa matéria completa você encontra na edição de fevereiro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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