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Plantio em meiosi garante recordes de produtividade na cana

 

Luis Gustavo Dollevedo

Diretor comercial do CTC

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Focada na redução dos custos logísticos devido, principalmente, à economia no transporte de mudas, a MEIOSI (Método Inter Ocupacional Simultâneo) é uma técnica de multiplicação rápida de variedades que proporciona uma taxa de multiplicação de 1:5 em aproximadamente seis meses.

Além da redução de custos, o método também tem a vantagem de possibilitar o emprego de culturas intercalares, pois no momento da implantação da meiosia área com cana representa aproximadamente 20% da área, restando 80% que podem ser utilizados com adubos verdes (como crotalária), soja, entre outras culturas, que serão colhidas dentro de aproximadamente seis meses, momento no qual ocorre a primeira multiplicação de 1:5.

O uso de culturas intercalares traz um benefício adicional em termos de fertilidade do solo. Com o emprego dessa técnica, é possível, ainda, atingir uma taxa de 1:100 em um período de 12 a 16 meses, repetindo a técnica.

Este é um sistema relativamente antigo, mas que voltou à cena recentemente, pois muitas usinas têm adotado essa prática a fim de acelerar a adoção de novas variedades de cana, mais produtivas e modernas, resultando também no aumento de produtividade.

É importante que o produtor fique atento ao cronograma de implantação da meiosi e do desdobramento das linhas matrizes. O planejamento para plantar a muda na época certa é fundamental, pois esta precisa estar entre quatro e seis meses para que possa ser replantada corretamente, aproveitando a janela de plantio mais favorável.

No planejamento deve-se considerar também a escolha da variedade e a quantidade de muda necessária para a área em questão. Além disso, é indicado que a usina ou fornecedor que escolher esse método de plantio opte pela rotação de culturas, o que favorece a otimização de insumos e contribui para a fertilidade do solo e controle de erosão.

Meiosi e o plantio mecanizado

Atualmente, a área destinada à meiositem sido muito utilizada em viveiros, com uma participação pequena em área comercial. Contudo, a tendência é que esse processo cresça, inclusive sendo feita de forma mecanizada.

Entre os seus benefícios estão: redução de custos na formação de viveiros e implantação do canavial comercial; maior velocidade na introdução de novas variedades, decorrente do aumento das taxas de multiplicação; utilização de mudas com idade ideal de plantio; obtenção de áreas maiores de viveiro investindo de cinco a oito vezes menos na aquisição de mudas de qualidade; eliminação de riscos de transporte e introdução de pragas disseminadas (Sphenophorus levis) via mudas; rotação de culturas; rentabilidade auxiliar na cultura intercalar (amendoim ou soja); melhoria no manejo de plantas de daninhas; redução dos custos de adubação e ganhos logísticos com o plantio.

O sistema tem uma produtividade muito similar à do plantio convencional, porém, o grande diferencial está na antecipação dos ganhos de produtividade que as variedades modernas apresentam, provenientes do rápido aumento de área com essas novas variedades.

As usinas ou fornecedores de cana que trabalham com a técnica há algum tempo conseguem manter o custo da meiosiem torno de 70 – 80% do custo de plantio convencional, resultante das economias com logística de transporte de mudas, adubação e manejo de plantas daninhas. Posto isso, nota-se a grande viabilidade do projeto.

Essa matéria você encontra na edição de agosto 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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