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Fósforo a lanço concentra nutrientes na camada de 0 a 20 cm de profundidade

Eduardo Zavaschi

Ítalo Pinho

Bruno Loman

Estagiários do GAPE (Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão) da ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”)

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Resultados de pesquisas demonstram que a aplicação do fósforo a lanço é uma alternativa para alcançar maiores produtividades, por contribuir para a nutrição da planta e melhorar o crescimento do sistema radicular.

Considerando o fósforo como elemento pouco móvel, a aplicação do adubo fosfatado a lanço deve ser realizada antes da semeadura (pré-semeadura), e o elemento incorporado ao solo. Esta prática aumenta e uniformiza a distribuição do nutriente na camada de 0 a 20 cm de profundidade, onde se concentra o maior volume de raízes das plantas.

Benefícios do fósforo a lanço

O benefício do fósforo a lanço está no maior rendimento operacional, visando uma semeadura mais ágil, sem necessidade de interrupções para reabastecimento de fertilizantes.

A aplicação no sulco de semeadura tem maior eficiência principalmente em solos com baixos teores de fósforo. Já em solos cujos teores do nutriente estejam altos, pode-se optar pela aplicação a lanço. Entretanto, em anos com veranico pode haver perdas de produtividade, uma vez que o nutriente aplicado a lanço irá se concentrar na superfície do solo, que terá baixa quantidade de água, não permitindo a difusão do elemento até a raiz da planta.

Quando aplicar

A aplicação do fósforo a lanço deve ocorrer em pré-semeadura, após as práticas da calagem e da gessagem, ou seja, quando o solo já estiver com sua acidez equilibrada. Entretanto, é importante atentar para a qualidade e armazenamento do fertilizante e para erros de operação, tais como velocidade de aplicação e distribuição irregular do nutriente.

Para evitar estes erros, armazenar o fertilizante em local adequado (coberto e de baixa umidade) e realizar as operações de aplicação em velocidade correta, verificando a regulagem adequada da máquina.

Mais eficiência

A prática citada aumenta a eficiência operacional, uma vez que não são necessárias interrupções para reabastecimento da caixa de adubo da semeadora, agilizando a operação.

Quanto ao custo, varia com a operação, com a máquina utilizada e tamanho da área, tornando difícil obter um número padrão para o Brasil.Porém, o investimento na adubação no sulco pode ser de três a quatro vezes maior, considerando um gasto maior de combustível e uma área de trabalho menor.

Custo-benefício

Comparado com a aplicação de fósforo no sulco de semeadura, a adubação a lanço do nutriente apresenta menor custo, e como benefício maior rendimento operacional. Entretanto, há menor eficiência na disponibilidade do elemento para as plantas.

Essa matéria você encontra na edição de outubro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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