Fabio de Oliveira Pedrosa
Professor do Departamento de BioquÃmica e Biologia Molecular da UFPR e coordenador geral do INCT FBN
Emanuel Maltempi de Souza
Professor do Departamento de BioquÃmica e Biologia Molecular da UFPR e vice coordenador geral do INCT FBN
As estirpes atualmente mais utilizadas pela indústria para a produção de inoculantes em milho são as Ab-V5 e Ab-V6. As estirpes de Azospirillum brasilense da série Ab-V, além de fixar nitrogênio atmosférico,são capazes de produzir hormônios vegetais, como auxinas e giberelinas, que estimulam o crescimento das raízes de plantas inoculadas. O aumento da massa radicular permite uma maior absorção de água e nutrientes.
Em experimento sob condições laboratoriais, o aumento da massa radicular devido à inoculação de milho ou trigo gira entre 20 e 30%. Em experimento de campo o aumento da massa radicular avaliado visualmente aparenta ser da ordem de 100%, ou superior.
Os ganhos mais frequentemente observados no desenvolvimento da planta decorrentes dainoculação com A. brasilense são: desenvolvimento precoce da planta, aumento da massa radicular e foliar, aumento de produtividade, aumento da absorção de água e nutrientes minerais do solo, redução do gasto com fertilizante nitrogenado, aumento da resistência a estresses hídrico (seca) e biótico (doenças bacterianas e fúngicas).
Economia de fertilizantes e aumento de produtividade
Dados da literatura e do nosso INCT indicam que as estirpes de Azospirillum brasilense não substituem completamente a fertilização nitrogenada, mas aumentam a eficiência do uso do nitrogênio presente no solo, mantendo e até mesmo aumentando a produtividade.
Ressalte-se que a redução do uso do fertilizante nitrogenado em até 50% tem sido sugerido por outros pesquisadores. O mais frequente é uma redução de 20%.O custo do inoculante, que gira em torno de R$ 10 a R$ 20,00 por hectare.
Nossos estudos de eficiência agronômica com a Embrapa Soja demonstraram ganhos altamente significativos na produtividade de milho entre 24 a 30% e em trigo entre 13 e 18%.
Em milho a inoculação com as estirpes Ab-V5 e Ab-V6 levou a um aumento na produtividade de 9%, com redução de 50% de nitrogênio (45 kg de N/ha). A economia, neste caso, seria equivalente a 75 kg de ureia por hectare.
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