17.5 C
Nova Iorque
domingo, novembro 24, 2024
Início Revistas Grãos Tratamento de sementes de algodão com fungicida e inseticida

Tratamento de sementes de algodão com fungicida e inseticida

Alderi Emídio de Araújo

Engenheiro agrônomo fitopatologista, D.Sc. e pesquisador da Embrapa Algodão

 

Crédito Claudinei Kappes
Crédito Claudinei Kappes

O tratamento de sementes é uma prática comum e imprescindível para assegurar uma boa germinação, manter o estande uniforme, garantir o crescimento inicial das plantas e uma boa produtividade. A prática é fundamental porque um grande número de patógenos associados às sementes, seja interna, ou externamente, além de fungos habitantes do solo, podem prejudicar a germinação e o desenvolvimento inicial da cultura, ocasionando o tombamento de plântulas em pré e pós-emergência.

O algodão plantado no Cerrado, que corresponde a cerca de 99% da produção brasileira, tem que passar pelo tratamento de sementes, sobretudo porque há, nessa região, grande incidência de R. solani, um dos principais agentes causais do tombamento de plântulas. Portanto, não há como comparar as lavouras com e sem tratamento de sementes porque as mesmas são cultivadas em regiões distintas e com sistemas de produção totalmente diferentes.

Opções

Os principais tratamentos utilizados nas sementes de algodão são compostos por fungicidas, tanto protetores quanto sistêmicos. Os fungicidas protetores ou residuais de contato controlam os fungos localizados nas sementes; protegem as sementes contra fungos habitantes do solo, têm um poder residual restrito e protegem as plântulas por um espaço de tempo mais curto.

Por outro lado, os fungicidas sistêmicos controlam os fungos nas sementes, são eficientes em pequenas doses, protegem as sementes contra patógenos habitantes do solo, além de apresentarem efeito protetor, curativo e erradicante. São mais apropriados para utilização em programas de manejo integrado.

Há, ainda, a necessidade de associar um tratamento inseticida para controle do pulgão Aphisgossypii nos primeiros 30 dias da lavoura. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) oferece em seu site, o Agrofit, uma lista de todos os produtos registrados e indicados para o tratamento de sementes do algodoeiro, com acesso a todos os que desejarem consultar.

É importante lembrar que, mais recentemente, têm sido recomendados produtos biológicos para o tratamento de sementes de algodoeiro.

Vantagens

Dados os benefícios obtidos com o tratamento de sementes de algodão, a prática é ambientalmente correta, pois promove a proteção na fase inicial da cultura; controla fungos presentes nas sementes e no solo, além de ser uma prática localizada, cuja quantidade de produto utilizado no tratamento corresponde a uma aplicação numa área de apenas 127m2/ha e se constitui em uma prática de baixo custo, correspondendo a um valor em torno de 0,17% do custo total de produção da lavoura.

A relação custo-benefício é extremamente favorável, pois como já frisamos, a prática controla os patógenos nas sementes e no solo, evita a incidência do tombamento de plântulas, assegurando um estande uniforme de plantas e aumentando a produtividade, além de ser de baixo custo do total de produção da lavoura.

Tem a vantagem, ainda, de ser um tratamento localizado, tornando-se seguro ao homem e ao meio ambiente, além de ser de fácil execução.

Essa matéria você encontra na edição de janeiro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes