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sábado, setembro 21, 2024
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Adubação foliar na soja: Nutrição a toda prova

Crédito Shutterstock
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A adubação foliar tem por objetivo complementar a adubação via solo, suprindo a planta de alguns nutrientes que no momento de maior demanda estejam abaixo do nível critico

Entre as vantagens da adubação foliar estão: corrigir teores de micronutrientes considerados deficientes, uniformidade de aplicação e permitir aplicar pequenas doses de nutrientes.

Luiz Alberto Staut pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste - Crédito Arquivo pessoal
Luiz Alberto Staut pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste – Crédito Arquivo pessoal

Com relação aos critérios técnicos, a decisão de usar ou não algum nutriente via foliar deve estar apoiada na análise foliar. Luiz Alberto Staut, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, explica que somente após a interpretação desta será possível decidir pela correção de deficiências. “Porém, essas correções só se viabilizam na próxima safra, considerando que, para as análises, a amostragem de folhas é realizada no período da floração plena (estádio R2), no qual coleta-se o terceiro e/ou quarto trifólio com pecíolo, a partir do ápice da planta, período em que a correção nutricional via foliar não é mais possível“, pondera.

Critérios para uma adubação eficiente

Critério da segurança

Consiste basicamente na não utilização das recomendações dos nutrientes indicados pela análise foliar, mas sim a aplicação de um ou de todos os micronutrientes, levando em conta as possíveis deficiências de uma região, tipo de solo ou cultura específica. Em culturas de alto valor, onde o custo dos micronutrientes é insignificante em relação ao valor da produção, muitos agricultores ainda hoje utilizam a adubação de segurança, incluindo vários ou todos os micronutrientes.

Critério de prescrição

Por meio desse critério, as recomendações são mais equilibradas e, de certa forma, protegem as plantas de eventuais fitotoxicidades, como resultados de relações não balanceadas no solo e nas plantas.

Critério de restituição

Baseado nas tabelas de extração de macro e de micronutrientes, esta filosofia de aplicação vem sendo cada vez mais utilizada em áreas de alta produtividade, na tentativa de repor as quantidades de micronutrientes extraídas evitando o agravamento das deficiências encontradas.

Respostas da planta

Caso a análise foliar constate a deficiência de algum nutriente, e este for suprido no momento em que a planta está em seu pico de absorção, na dose correta, aplicada seguindo as recomendações relacionadas a fatores que proporcionem condições para que o produto seja absorvido (umidade do ar, temperatura e velocidade do vento), a resposta da lavoura deverá ser em ganhos na produtividade.

A aplicação pela folha tem a vantagem da uniformidade da operação - Crédito Shutterstock
A aplicação pela folha tem a vantagem da uniformidade da operação – Crédito Shutterstock

A aplicação pela folha tem uma vantagem importante: uniformidade de aplicação, já que as doses são baixas em comparação a macronutrientes.

Entretanto, o nutriente aplicado na folha, comparativamente ao solo, deve ter maior índice de aproveitamento, destacando-se a qualidade do adubo utilizado e os cuidados para uma boa aplicação. Existem basicamente três filosofias para uso da adubação foliar: complementar, suplementar e corretiva:

ü O uso complementar refere-se à aplicação de parte do total da dose de determinado nutriente via pulverização da parte aérea, reduzindo-se o que seria aplicado no solo. Essa filosofia visa principalmente suprir a cultura em períodos de maior demanda do nutriente e cujas condições de solo não permitem adequada absorção. Geralmente são utilizados cerca de 20% a menos do nutriente via solo, aplicados em duas a quatro pulverizações com adubo foliar.

ü A adubação foliar suplementar envolve a adubação normal do nutriente via solo, mais um adicional via foliar. A segunda constitui-se num investimento extra que se justifica em função de ganhos de produtividade, resistência a pragas e doenças e qualidade dos produtos (aspecto visual e características pós-colheita, entre outras).

ü Segundo dados do IAC, os casos onde deficiências nutricionais são diagnosticadas por meio de análise química de folhas ou identificação visual e cuja correção deve ser feita em tempo hábil para garantir níveis adequados de produção. Como a absorção dos nutrientes pela folha geralmente é mais rápida e eficiente do que via solo, é utilizada a adubação foliar como medida corretiva. Em termos de nutrientes absorvidos, a adubação foliar pode ser de 8 a 20 vezes mais eficiente do que a feita via solo.

 

Custo

Quanto ao custo, Staut alerta que depende do equipamento utilizado (tipo de pulverizador e trator) e do produto a ser aplicado. “Estima-se que cada aplicação foliar com micronutriente deverá ficar entre R$ 50,00 e R$ 70,00 por hectare (aplicação + produto)“, calcula.

Para analisar o custo-benefício da técnica, ele se utiliza de parâmetros ou indicadores:

– Custo do adubo foliar (litro);

– Dose recomendada (l/ha);

– Nº de aplicações;

– Custo da aplicação;

– Resposta em produtividade (kg/ha)

– Valor de venda do produto (R$/sc)

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