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Manejo da adubação fosfatada para cana no cerrado

 

Sandro Roberto Brancalião

Pesquisador científico VI, Centro de Cana do Instituto Agronômico/Manejo de Solos

brancaliao@iac.sp.gov.br

 

Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

A cana-de-açúcar requer, como qualquer cultura comercial e industrial, cuidados no manejo da adubação, desde o campo até a indústria, sendo importante ter um equilíbrio entre os macro e micronutrientes, com o intuito de prover à planta o melhor ambiente de produção possível, face ao já pré-estabelecido pela pedologia. Só assim poderemos fazer um manejo adequado para cada época de plantio, variedade e necessidades em termos de reposição de macro e microelementos que possam verdadeiramente incrementar a produção da cultura.

O fósforo é um macronutriente primário, acompanhado do nitrogênio e potássio, sendo importantíssimo no plantio. Entretanto, o fósforo, dentre estescitados, é o que a planta requer em menor quantidade, exercendo função-chave no metabolismo da planta, particularmente na formação de proteínas e na síntese de ATP e ADP.

O fósforo também é parte constituinte de moléculas de DNA e RNA, participa do processo de divisão celular, fotossíntese, armazenamento de energia, desdobramento de açúcares, respiração, fornecimento de energia a partir de ATP e formação de sacarose.

Devido à escassez do fósforo na maioria dos nossos solos, este elemento é de substancial importância para elevar a produtividade de áreas de cana-de-açúcar.

Manejo

A adubação da cana-de-açúcar pode variar em função da fase da cultura, se é cana-planta ou soqueira, visto que a formação e diferenciação, tendo como evolução os seus perfilhos, ocorre em diferentes fases da cultura, existindo também um grande sinergismo e um ganho com aumento da relação N/P no solo.

No sulco de plantio é utilizada para suprir a exigência de fósforo ao longo do ciclo da cultura.Com o aumento da fosfatagem, elevamos os teores de P disponíveis, mas também elevamos a adsorção de fósforo nos coloides do solo.

A adubação deve ser realizada em função da análise de P e K, seguindo as formulações de N-P-K, tendo baixa quantidade de N e alta de P2O5 e K2O.Pensando em fosfatagem, esta prática objetiva elevar o teor de fósforo, potencializando a adubação de P no plantio, promovendo o desenvolvimento radicular. Ainda, devido à melhor compatibilização N/P, a prática da fosfatagem auxilia na melhor absorção do N, tanto em cana-planta como em soqueira.

Dose recomendada

As doses em cana-planta a serem praticadas são 100-150 kg de P2O5.Em alguns ambientes pode-se chegar a 180 kg/ha de P2O5, dependendo da responsividade das variedades empregadas.

Todavia, em soqueira é realizada em função do nitrogênio. A dose de N a ser aplicada geralmente segue a proporção de 1 kg N/t de colmo esperada. A relação nitrogênio/potássio para soqueira varia de 1:1 a 1:1,5 e, dependendo da forma de colheita, pode variar com a diminuição do N na proporção.

Será necessário adubar o solo com saturação de bases maior que 50 e teores abaixo de 15 mg/dm-3.

O uso de micronutrientes, especialmente zinco (Zn), boro (B) e molibdênio (Mo), especialmente em solos de textura média para arenosa, fica abaixo do nível de suficiência para o cultivo da cana-de-açúcar. Por isso, fique atento e conte com acompanhamento profissional para suprir desses elementos o solo.

Essa matéria você encontra na edição de outubro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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