José Geraldo Mageste
Doutor e professor – Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Fernando Simoni Bacilieri
Engenheiro agrônomo e doutorando em Produção Vegetal – ICIAG-UFU
Roberta Camargos de Oliveira
Engenheira agrônoma e doutora em Produção Vegetal – ICIAG-UFU
A avaliação da fertilidade do solo tem como objetivo quantificar a capacidade dos solos de fornecer nutrientes para o ótimo crescimento e desenvolvimento das plantas. Para diagnosticar a deficiência ou toxidez de nutrientes nas plantas, a análise quÃmica do solo, de tecidos foliares, a identificação por meio de sintomas visuais e o conhecimento do histórico da área são fundamentais.
A variabilidade de solos e climas do Brasil refletem em diferentes recomendações, o que impossibilita padronizar uma forma de adubação. Isso exige que cada caso seja estudado isoladamente. Assim, o conhecimento da interação entre a fonte e a quantidade de fertilizante aplicado e as condições climáticas direcionam o manejo para manutenção do teor de nutrientes no solo.
A variação nas recomendações e nas peculiaridades de cada região evidencia a necessidade de mais pesquisas.
Por onde começar
Qualquer recomendação de fertilizantes químicos, orgânicos ou corretivos sem a referência de uma análise de solo poderá resultar em erros relacionados à aplicação, quantidade e fontes. A aplicação de doses excessivas configura um “consumo de luxo”, pois nem sempre reflete em acréscimo na produção ou desenvolvimento das plantas. Além de impactar no custo de produção, podem causar contaminação ambiental.
Já a aplicação de doses abaixo da necessidade das culturas resulta em deficiência nutricional com impactos diretos na sanidade, qualidade e produtividade das culturas.