17.5 C
Nova Iorque
domingo, novembro 24, 2024
Início Revistas Grãos Benefícios da adubação nitrogenada via foliar no feijoeiro

Benefícios da adubação nitrogenada via foliar no feijoeiro

Autores

Aline Bittencourt Nunes
Ivy Freitas Silva
Graduandos em Agronomia – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – campus Paragominas (PA) e membros do Grupo de Pesquisa Estudos em Manejo de Doenças de Plantas Tropicais
Gustavo Antonio Ruffeil Alves
Doutor e professor – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) – campus Paragominas
gustavo.ruffeil@ufra.edu.br

Por ser uma fonte proteica e enérgica, rica em carboidratos e ferro, o feijão (Phaseolus spp.) constitui um dos alimentos mais importantes da dieta da população humana (Borém & Carneiro, 2006).

Mundialmente, o Brasil ganha destaque como um dos maiores produtores e consumidores deste produto agrícola, com produção média anual de 3,5 milhões de toneladas (MAPA, 2016). No entanto, o país não tem apresentado o seu máximo potencial produtivo, devido a fatores como clima, controle fitossanitário e adubação.

Guerra et al., (2000) afirma que a adubação nitrogenada inadequada é, na maioria das vezes, o fator determinante para o insucesso no cultivo do feijoeiro, dado que este é o nutriente mais requerido pela planta.

A adubação nitrogenada pode ser efetuada de duas formas – via solo e via foliar. A adubação via solo é aquela efetuada convencionalmente, e visa elevar a concentração de nitrogênio (N) na solução do solo, em que, por intermédio desta solução, as raízes da planta absorvem o nutriente (Carvalho et al., 2000).

Já a adubação foliar é o processo de aplicação de nitrogênio na forma líquida, por meio da pulverização nas partes aéreas da planta, principalmente nas folhas. Neste contexto, a adubação foliar surge como complemento da adubação via solo, além de ser uma alternativa para minimizar as perdas de N no solo (Carvalho et al., 2000).

Essencialidade

O nitrogênio apresenta importância fundamental para a formação estrutural das bainhas e grãos. Isso porque tal nutriente é necessário para síntese da clorofila e como parte dessa molécula está envolvida na fotossíntese, em sua falta a planta a degrada, retranslocando o N para regiões de crescimento ativo, onde ele realiza sua função estrutural (Mengel & Kirkby, 1987).

Por participar da composição dos aminoácidos, o N tem relação direta com o teor de proteína dos grãos (Malavolta et al., 1997). Assim, sua deficiência pode afetar a qualidade dos grãos e a produtividade (Soratto et al., 2011), em função da redução no desenvolvimento de flores, tamanho e produção de sementes (Oliveira et al., 1996).

Segundo Fancelli (2007), os resultados para a adubação via solo são mais eficientes se o fertilizante for aplicado até estádios fenológicos V4 e V5 da planta, após este estádio, recomenda-se a adubação via foliar, onde a fase mais indicada é a de florescimento.

Gurgacz (2016), avaliando o efeito de diferentes fontes de nitrogênio via foliar, em diferentes estádios de desenvolvimento da planta, sobre a produtividade e qualidade de grãos da cultura do feijão comum, cultivado na presença e ausência da aplicação de nitrogênio via solo, verificou que a adubação nitrogenada via solo aumentou a matéria seca das plantas, o teor e acúmulo de N na parte aérea, o número de vagens por planta, a produtividade de grãos e o teor e produtividade de proteína na cultura do feijão comum.

A autora observou, ainda, que independentemente da adubação nitrogenada via solo, o fornecimento de N via foliar aumentou a produtividade de grãos e proteína, sendo a ureia-formaldeído ligeiramente mais eficiente que a ureia comum.

Resultados positivos

A aplicação de ureia-formaldeído aumentou a produção da matéria seca das plantas, o número de vagens por planta e a produtividade de grãos e proteína, independentemente do estádio em que foi realizada a pulverização nas folhas (Gurgacz, 2016)

Em termos de eficiência, economia e produtividade, o fertilizante ureia-formaldeído vem sendo uma das alternativas que mais tem se destacado perante os agricultores, apresentando uma formulação à base de N que possibilita o fornecimento deste macronutriente de forma regular e contínua, de acordo com a necessidade do vegetal, além de minimizar as perdas por lixiviação (Fancelli, 2007). Gurgacz (2016) afirma que poucos são os estudos sobre o uso dessas fontes na cultura do feijoeiro.

Erros Os erros mais frequentes na aplicação do fertilizante estão relacionados à quantidade inadequada de produto aplicado. Portanto, é necessário seguir rigorosamente as indicações fornecidas na bula do produto e estádio

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes