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Bioativadores – Como o feijão se comporta com a aplicação

Autores

Aline Bittencourt Nunes
Graduanda em Agronomia – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Gustavo Antonio Ruffeil Alves
Membro da CTES e CPPD do curso de Agronomia e professor – UFRA
gustavo.ruffeil@ufra.edu.br

Crédito Shutterstock

Mundialmente, o Brasil ganha destaque como um dos maiores produtores e consumidores de feijão, com produção média anual de 3,5 milhões de toneladas (MAPA, 2016).

No entanto, Borges et al. (2015) afirmam que, devido ao baixo uso de insumos por parte de alguns agricultores, a feijoicultura acaba apresentando uma produção insatisfatória. Diante disso, o uso de bioativadores surge como uma solução, por apresentar efeito positivo na produção.

Os bioativadores são substâncias orgânicas, compostos de biorreguladores e de macro e micronutrientes, que aumentam a capacidade produtiva da planta, capazes de atuar em diversos parâmetros, como aumento de resistência ao estresse, absorção de água e nutrientes, desenvolvimento radicular, vigor e germinação, dentre outros (Castro et al., 2017).

No Brasil, o uso de bioativadores começa a ser explorado, e os estudos têm demonstrado aumento quanti e qualitativo na produtividade (Serciloto, 2002). No entanto, poucos são os trabalhos existentes com bioativador visando verificar seus efeitos no metabolismo e desenvolvimento dos vegetais, além dos resultados ainda não serem claros, evidenciando forte interação entre cultivares, épocas, condições de estresse e disponibilidade de nutrientes (Almeida et al., 2010).

Pesquisas com o feijoeiro

Carvalho (2012), analisando o desempenho de sementes de feijão tratadas com bioativador HX®, verificou que o mesmo promoveu maior germinação nas sementes da cultura, antecipou o início desta e propiciou maior vigor e desenvolvimento nas plantas.

Corroborando com o trabalho anterior, Carvalho et al. (2014), estudando a influência da utilização de produto com potencial bioativador no desempenho fisiológico de sementes de feijão, concluiu que o produto proporciona acréscimos na velocidade de germinação.

Borges et al. (2015), avaliando o efeito do tiametoxam no tratamento de sementes de feijão, observou que o produto estimula o desempenho fisiológico das sementes da cultura (cv. Pérola e Iapar), sendo as doses de 200 e 300 mL 100 kg-1 de sementes as mais eficientes.

Essas substâncias, quando aplicadas na cultura, modificam ou alteram vários processos metabólicos e fisiológicos específicos. Portanto, é necessário a aplicação e manejo corretos destes produtos.

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