Autores
Alexandre Dinnys Roese
Analista – Fitopatologista da Embrapa Agropecuária Oeste
Augusto César Pereira Goulart
Pesquisador – Fitopatologista da Embrapa Agropecuária Oeste
Frequentemente agricultores e consultores procuram os laboratórios e instituições de pesquisa após a semeadura trazendo algumas plantas com sintomas de murcha, tombamento ou mal desenvolvidas, tentando compreender por que as plantas não se desenvolvem normalmente. E muitas vezes a resposta é que as doenças são apenas oportunistas.
As enfermidades em plantas logo após a semeadura, em geral, revelam problemas de manejo do solo, principalmente relacionados à compactação, dificultando o desenvolvimento normal do sistema radicular e predispondo as plantas a toda sorte de doenças.
Evitar as doenças custa muito menos e é muito mais eficaz do que tentar controlar depois que elas ocorrem. E pensando em doenças de solo, que são causadas por microrganismos habitantes naturais do solo, pouco ou nada podemos fazer depois de constatada a doença. Por isso, nesta fase de semeadura, a principal atitude para evitar doenças consiste em evitar a compactação do solo.
Como evitar a compactação do solo?
Durante a semeadura, é importante evitar a operação e o trânsito de máquinas na lavoura com solo muito úmido, principalmente em solos argilosos. O produtor sabe, mas não custa lembrar: operações agrícolas com solo muito úmido promovem a compactação do solo, o processo de descompactação é difícil, e solo compactado predispõe as plantas a doenças.
A compactação pode ocorrer tanto pela pressão dos pneus do maquinário agrícola sobre o solo como também nos sulcos de semeadura, pela ação do facão de distribuição do adubo e/ou pelos discos de semeadura, promovendo o espelhamento das paredes do sulco e facilitando assim o acúmulo de água, o que favorece a ocorrência de doenças.
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