O manejo de ferrugem da soja será modificado diante da confirmação de resistência de produtos do grupo das estrobirulinas para o controle da doença. O diretor e pesquisador da Fundação Chapadão Edson explicou que no dia 28 de novembro recebeu um comunicado da empresa Dupont relatando tais fatos, mostrando que fora detectado alteração na posição 129, precisamente, mostrando que ocorreu uma mutação na posição, substituindo o aminoácido Fenilalanina pela Leucina, caracterizando uma resistência parcial. Isto significa que os produtos poderão apresentar performances diferentes no controle desta doença a campo.
O mesmo fato foi confirmado por documento enviado pelo FRAC Brasil (Comitê de Ação a Resistência a Fungicida), associação sem fins lucrativos, dedicada ao fomento à pesquisa e desenvolvimento de trabalhos com produtos fitossanitários na área de resistência, com reconhecimento pela FAO e OMS das Nações Unidas.
Neste documento o FRAC confirma que não foram encontrados indivíduos resistentes aos fungicidas Qol’s nas populações avaliadas, apesar de ter sido relatado pela primeira vez a mutação na posição F129L do gene do citocromo “b“.
Borges citou que há mais de duas safras o colega da Universidade de Rio Verde, professor Luiz Henrique Carregal, vem manifestando preocupação diante aos resultados que vem apresentando a campo em seus trabalhos de pesquisa, mostrando que possivelmente seria resistência de produto à ferrugem, fato este agora confirmando sua suspeita.
Citações da Embrapa soja pelo Consórcio Antiferrugem (CAF), grupo de pesquisa coordenado pela Embrapa que avalia os produtos usados no manejo da ferrugem da soja por meio de protocolo único, e efetivado em todas as regiões produtoras de soja do Brasil, verificou que alguns produtos efetivamente vêm diminuindo a performance ao longo destes anos, o que agora explica o fato da comprovação científica, nesta nota emitida pelo FRAC-Brasil.
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