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Tratamento da semente do feijoeiro: Um excelente investimento

 

Daniela Vitti

Engenheira agrônoma, Doutora em Ciência e coordenadora técnica Bio Soja

Bio Soja - Crédito Cristiano de Oliveira
Bio Soja – Crédito Cristiano de Oliveira

Entre os problemas responsáveis pela baixa produtividade da cultura do feijão destacam-se a não utilização de sementes certificadas, o manejo inadequado do solo e a falta ou excesso de água.

Lavouras implantadas com sementes de baixa qualidade e em solos manejados inadequadamente e sem controle das condições ambientais, mesmo que recebam fertilizantes não conseguirão atingir altos rendimentos.

O primeiro passo, portanto, para se alcançar altas produtividades na cultura do feijoeiro, é a utilização de sementes de boa qualidade, o uso eficiente do tratamento de sementes com inoculantes de boa procedência e qualidade e de micronutrientes nas doses e fontes corretas.

O tratamento de sementes também é uma alternativa para a aplicação de alguns micronutrientes - Crédito Sebastião Araújo
O tratamento de sementes também é uma alternativa para a aplicação de alguns micronutrientes – Crédito Sebastião Araújo

Tratamento de Sementes ““ TS

Os principais objetivos do tratamento de sementes são garantir a boa germinabilidade e emergência da semente e formação da plântula nos primeiros dias, (em torno de uma semana). Para que isso realmente ocorra nesse prazo, a profundidade de semeadura é outro ponto importante. Além disto, a época de semeadura também deve ser observada, já que a temperatura do solo tem muita importância no processo de germinação.

Os fatores acima mencionados, somados à adição de micronutrientes e inoculantes é que vão garantir o sucesso da prática do TS.

O tratamento de sementes proporciona maior desenvolvimento vegetativo - Crédito Miriam Lins
O tratamento de sementes proporciona maior desenvolvimento vegetativo – Crédito Miriam Lins

Inoculação e coinoculação

A fixação biológica de nitrogênio pode contribuir para o aumento do rendimento da cultura do feijoeiro e diminuir ou substituir a utilização de fertilizantes nitrogenados em cobertura, assim reduzindo os custos de produção e o impacto ambiental proporcionado pelo uso de fertilizantes químicos.

O feijoeiro, sendo uma leguminosa, apresenta condições de beneficiar-se da associação simbiótica com Rhizobium, o que contribui especificamente para economia de nitrogênio mineral. O potencial da bactéria em fixar o N2 atmosférico é considerado alto, sendo confirmado por pesquisas respostas do feijoeiro à inoculação em condições de campo (Vargas et al., 1991).

Mesmo tímida com relação à inoculação da soja, que atualmente ultrapassa os 4,5 mil kg por hectare somente com o aporte de nitrogênio biológico, de acordo com o Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), a inoculação do feijão aponta os mesmos benefícios para o produtor.

Trabalhos de pesquisa mostram ganhos de cerca de 20% na produtividade com o uso de inoculante nas culturas de feijão. Porém, apenas 10% da área plantada é inoculada e a elevação deste índice é fundamental para uma redução no uso de nitrogênio químico.

A inoculação, no caso da soja, utiliza bactérias do gênero Bradyrhizobium e no feijão, as espécies do gênero Rhizobium, sendo recomendada uma dose no tratamento de sementes.

Coinoculação

A coinoculação consiste em adicionar mais de um microrganismo reconhecidamente benéfico às plantas, de forma que se elevem os ganhos em rendimentos de grãos pela associação dos benefícios dos dois organismos. Faz-se o uso de duas bactérias, a do feijoeiro, os Rizóbios, mais o Azospirillum, uma bactéria até então conhecida por sua ação promotora de crescimento em gramíneas (Hungria e Nogueira, 2014).

Dentre os principais benefícios da coinoculação está o aumento da área radicular, o que possibilita o maior aproveitamento dos fertilizantes e favorece a planta em situações de estresse hídrico, além do incremento da produtividade pela maior capacidade de absorção de nutrientes e água pelas raízes.

Importante observar que o maior desenvolvimento radicular com Azospirillum também resulta em maior nodulação e, consequentemente, maior contribuição da fixação biológica do nitrogênio.

Na Tabela 1 abaixo, extraída de folder da Embrapa (2014), especificamente falando sobre o tema da coinoculação, é possível observar os números que demonstram os ganhos em rendimentos:

 Gráfico 1

Essa matéria completa você encontra na edição de fevereiro da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua para leitura integral!

 

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