17.5 C
Nova Iorque
sábado, setembro 21, 2024
Início Revistas Grãos Mudas de café com pseudomonas exigem medidas drásticas de controle

Mudas de café com pseudomonas exigem medidas drásticas de controle

 

José Braz Matiello

jb.matiello@yahoo.com.br

Saulo Roque Almeida

Engenheiros agrônomos da Fundação Procafé

José Renato Dias

Lucas Franco

Engenheiros agrônomos das Fazendas Sertãozinho

 

Mudas de café com pseudomonas exigem medidas drásticas de controle - Crédito José Maria
Mudas de café com pseudomonas exigem medidas drásticas de controle – Crédito José Maria

A doença mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas seryngae pv. garcae, é problemática em ambientes úmidos e frios, ocorrendo em lavouras no campo e, também, nos viveiros de mudas de café.

O controle da doença envolve medidas culturais e o controle químico. Este tipo de controle é dificultado por não existir produto bactericida sistêmico, capaz de curar a doença quando já instalada, nos cafeeiros ou em suas mudas.

Nos viveiros o ataque de Pseudomonas é favorecido pela umidade, pela sombra, pelos ventos e pela adubação nitrogenada. A presença de lavouras vizinhas ao viveiro tende a facilitar o ataque.

Prevenção

Para o controle preventivo, nas mudas de café, indica-se o uso de produtos cúpricos, pulverizados quinzenalmente, podendo ser usadas, ainda, aplicações complementares de kasugamicina e outros produtos novos no mercado, ainda em teste, sendo todos de efeito apenas protetivo.

Os fungicidas cúpricos atuam de forma eficiente, pois o cobre é tóxico às bactérias. No entanto, apesar dessa proteção, é comum escaparem alguns focos da doença nos canteiros e, neste caso, não havendo boas condições de cura, indica-se uma solução drástica, consistindo na eliminação das mudas atacadas tão logo se verifique o ataque.

Este procedimento de eliminação de mudas foi adotado recentemente em viveiro, com bons resultados. Ele se baseia no fato de que o inóculo da bactéria, presente nas folhas e caule das mudas, se dissemina para as demais principalmente pelos pingos da água de irrigação.

Crédito Cristiano Soares de Oliveira
Crédito Cristiano Soares de Oliveira

Neste procedimento, quando a reboleira é bem definida, deve-se retirar as mudas junto com as sacolas, e quando começa o ataque em mudas salteadas no canteiro basta arrancar e eliminar as mudas atacadas.

A prática tem mostrado que, embora seja possível recuperar mudas atacadas, no viveiro elas retomam a doença quando levadas ao campo, e aí o problema pode se agravar, chegando mesmo à morte das plantas.

Alternativas

Como medidas paralelas ao controle deve-se reduzir a irrigação das mudas; cortar, temporariamente, a adubação nitrogenada e promover o “endurecimento“ das mudas, com o uso de triadimenol, através de rega.

Essa matéria você encontra na edição de maio da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira a sua!

 

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes