Criz Renê Zanovello
Engenheiro mecânico e mestrando em Produção Vegetal – Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
Fabiano Pacentchuk
Engenheiro agrônomo, mestre em Produção Vegetal e doutorando em Agronomia ““ Unicentro
Roni Clei Zanovello
Juliano Burko
Acadêmicos do 5º ano do curso de Agronomia ““ Unicentro
ItacirEloiSandini
Engenheiro agrônomo, doutor e professor do Curso de Agronomia ““ Unicentro
É conhecida a importância dos nutrientes para o pleno desenvolvimento e aumento de produtividade de uma dada cultura. Cada cultura apresenta características particulares e exigências nutricionais específicas, onde a demanda, em quantidade, de um determinado nutriente, é diferente para cada espécie de planta. Como exemplo, Caires & Milla (2016), em experimentos desenvolvidos com milho, encontraram a necessidade de nitrogênio de 274 kg ha-1 para a cultura desenvolver seu máximo potencial produtivo.
Já Pacentchuck (2016) encontrou a dose de 205 kg ha-1de N para a máxima produtividade da cultura do feijão. Estes resultados indicam que ocorre uma variação no aproveitamento de um determinado nutriente entre uma cultura e outra. Além disso, as condições climáticas também apresentam forte influência sobre estes resultados.
Nutrientes importantes
Não somente o N é importante para a agricultura, mas diversos outros nutrientes tomam importância no cenário da produtividade. O fósforo (P) e o potássio (K) também são amplamente utilizados nas culturas brasileiras.
Comumente, a adubação das culturas é feita por meio do fertilizante NPK, que traz, em sua formulação, quantidades de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), normalmente representadas em porcentagem. Por exemplo, o adubo NPK com formulado 04-30-20 apresenta 4% de nitrogênio, 30% de fósforo e 20% de potássio em sua composição, o restante deste formulado são compostos inertes adicionados para dar massa e melhorar a distribuição destes ao longo na área de semeadura.
Ou seja, com a aplicação de 400 kg ha-1 do adubo NPK com formulado 04-30-20, aplica-se na lavoura 16 kg ha-1 de N, 120 kg ha-1 de P e 80 kg ha-1 de K, os outros 184 kg ha-1 são compostos inertes.
O N é parte integrante de diversos componentes celulares, ele faz parte das enzimas, coenzimas, proteínas, molécula da clorofila, dentre outras (Taiz & Zeiger, 2013).
Resultados
A adição de nitrogênio exógeno promove ganhos de produtividade que vão além da quantia deste nutriente aplicado. Fontoura & Bayer (2009) encontraram resultados em que a aplicação de 35 kg ha-1 promoveu o incremento de produtividade de 2.000 kg ha-1 de grãos de milho, ou seja, uma quantidade relativamente pequena de N promove um grande ganho em produtividade, o que indica que este nutriente promove um efeito benéfico na planta que o converte em produção de grãos.
Estes resultados também se estendem para o P e o K, que, de seu modo e em certa dosagem, promovem efeitos na planta que podem repercutir em ganho de produção.
Estes três nutrientes citados entram na classificação de macronutrientes primários, pois são absorvidos em maior quantidade pela planta quando comparados com outros nutrientes essenciais. Estes outros nutrientes, absorvidos em menor quantidade, estão na classificação de micronutrientes.
Muito embora sejam absorvidos em menor quantidade, quando comparados com os macronutrientes, são de fundamental importância para o desenvolvimento da planta. Dentro deste grupo, se destacam alguns nutrientes como o boro (B), zinco (Zn), manganês (Mn)e cobre (Cu).