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segunda-feira, maio 20, 2024
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Adjuvantes: Aplicação aérea ganha um plus

Autores

Vitor Muller Anunciato
vitor.muller@gmail.com
Roque de Carvalho Dias
roquediasagro@gmail.com
Engenheiros agrônomos e mestre em Proteção de Plantas e doutorandos em Agronomia UNESP/FCA
Leandro Bianchi
leandro_bianchii@hotmail.com
Samara Moreira Perissato
samaraperissato@gmail.com
Engenheiros agrônomos, mestres em Produção Vegetal e doutorandos em Agronomia UNESP/FCA
Ronaldo Machado Junior
Engenheiro agrônomo, mestre em Fitotecnia e doutorando em Genética e Melhoramento – Universidade Federal de Viçosa (UFV)
ronaldo.juniior@ufv.br
Crédito: Eugênio Passos

Os adjuvantes são um conjunto de substâncias ou compostos sem propriedades fitossanitárias, exceto a água, que são utilizados com a finalidade de aumentar a eficácia, facilitar a aplicação e diminuir os riscos do uso dos defensivos agrícolas. Esses podem surtir diferentes efeitos, como a estabilização do pH da calda, evitar a formação de espuma, diminuir a tensão superficial da calda, ajudar na aderência e espalhamento da gota na folha, entre outros fatores, efeitos esses já conhecidos da pulverização terrestre e aérea.

Na pulverização aérea as categorias de volume de calda são divididas em alto volume, vazão que varia de 40 a 60 litros por hectare, cobrindo de 30 a 40 hectares por hora; baixo volume, com vazão de 10 a 30 litros por hectare, realizando a aplicação de 60 a 70 hectares por hora; ultrabaixo volume, em que a vazão é menor que cinco litros por hectare e pode-se realizar a aplicação em 80 a 120 hectares por hora. E, por fim, o baixo volume em óleo (BVO®), com vazão que varia de dois a 20 litros por hectare, cobrindo até 140 hectares por hora.

Essa última técnica possui alta eficiência na velocidade de pulverização, além da utilização do óleo atuando como protetor das gotas contra os efeitos de altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, condições climáticas comuns em todo o Brasil.

Tradicionalmente os óleos são utilizados para melhorar a penetração e a absorção dos defensivos no alvo, porém, em altas concentrações pode promover uma relativa redução do potencial de evaporação das gotas. Assim, quanto maior for o percentual de óleo na calda, menor será sua fração sujeita à evaporação durante a aplicação, por exemplo, no BVO® é utilizado de 5 a 10% de óleo no volume da calda.

Qual escolher?

O tipo de óleo a ser utilizado no BVO® e sua concentração devem ser referenciados por uma recomendação do fabricante, contudo, em sua maioria são utilizados óleos vegetais, devido a sua característica de serem biodegradáveis e possuírem menores efeitos tóxicos nas plantas, diminuindo o impacto ambiental e econômico da utilização dos mesmos. De modo geral, utiliza-se o óleo de soja, puro ou aditivado.

“Aditivar” o óleo vegetal com emulsificante é necessário para que o este seja capaz de se misturar com a água, facilitando a mistura dos defensivos agrícolas principalmente quando esses são formulações SC (soluções concentradas), SAC (soluções aquosas concentradas) e PM (pós molháveis), componentes mais difíceis de misturar com os óleos vegetais puros.

A prática no campo

Estudos realizados pelo Centro Brasileiro de Bioaeronáutica (CBB) mostram que a utilização do BVO® com vazão de 10 litros ha-1 no controle de doenças de final de ciclo e ferrugem asiática da soja tem um ganho de 5 a 7,5 sacas de soja em relação ao controle realizado com técnicas de AV com vazão de 30 litros ha-1.

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