Foram registrados aproximadamente 400 mm de água em janeiro, valor que representa quase o dobro da média climática do mês
O ano não começou de maneira positiva para os plantadores de feijão do Distrito Federal (DF). O tempo seco, que atingiu a região em dezembro de 2015, foi responsável por danificar a fase de florescimento do grão, atrapalhando a formação dentro das vagens. Agora, durante a colheita, é a chuva que prejudica os produtores.
“O excesso de umidade faz com que a água seja absorvida e a semente comece a germinar dentro da própria vagem. Com isso também não é possível realizar a colheita dos grãos. Consideramos que pelo menos 50% da lavoura foi afetada. A qualidade dos grãos está completamente comprometida“, explica Cláudio Malinski, engenheiro agrônomo da Cooperativa Agropecuária do Distrito Federal (Coopa-DF).
De acordo com Bianca Lobo, meteorologista da Climatempo, a quantidade de chuva registrada em janeiro ficou acima da média climática (250 mm). “Esse ano o mês acabou com um volume registrado de mais ou menos 400 milÃmetros, o que representa quase o dobro da média“, explica.
Segundo a meteorologista, os agricultores ainda vão enfrentar mais problemas com as precipitações, já que elas devem continuar nos próximos dias. “Até o dia 12 de fevereiro as pancadas ocorreram de forma isolada e principalmente no fim da tarde. Porém, a partir do dia 13, foi constatado aumento significativo das chuvas“, conta.
Para Malinski, não é somente a colheita que o excesso de chuvas prejudica. “Esses temporais atrapalham a pulverização com defensivos agrícolas na lavoura. A nossa sorte é que quando as pragas começaram a surgir, o feijão já estava amadurecendo, então não fomos prejudicados com isso“, diz.
Vale lembrar que, em 2015, o clima também acabou não favorecendo a safra na região. Se hoje o problema é a chuva em excesso, foi a falta dela que prejudicou a plantação no fim do ano passado. Como foram registrados treze dias de seca, de acordo com dados do INMET, a produção foi baixa, mas a qualidade do grão não foi comprometida.
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O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.