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sábado, novembro 23, 2024
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Estresse de plantas e algas marinhas

Autora

Nilva Terezinha Teixeira
Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora de Nutrição de Plantas, Bioquímica e Produção Orgânica do Centro Universitário do Espírito Santo do Pinhal (Unipinhal)
nilvatteixeira@yahoo.com.br
Fotos: Shutterstock

 As algas marinhas são organismos vegetais, unicelulares ou pluricelulares, que fazem fotossíntese. Como vivem em um ambiente altamente estressante, para sobreviver, a ele se adaptaram metabolicamente. Nutrem-se dos elementos ativos do mar e contêm altíssimos níveis de sais minerais e de substâncias similares aos fitormônios, além de agentes de resistência que as plantas produzem em condições adversas para sobreviver.

Assim, a inclusão das algas marinhas no cultivo de plantas tem proporcionado efeitos positivos, entre os quais a recuperação ou indução de resistência das plantas aos estresses abióticos e bióticos.

Fontes importantes

Como já se citou, as algas marinhas são fontes de várias vitaminas e outras substâncias, como glicoproteínas, como o alginato e aminoácidos que podem funcionar como bioestimulantes vegetais.

Ainda, as algas marinhas são ricas em estimulantes naturais como: auxinas (hormônio do crescimento que governa a divisão celular), giberelina (que induz floração e alongamento celular), citocininas (hormônio da juventude e retardamento da senescência).

São fontes de antioxidantes, substâncias produzidas a partir do metabolismo secundário das algas, que estimulam a proteção natural dos vegetais contra pragas e doenças. O emprego de formulados compostos de algas marinhas no sistema produtivo pode proporcionar a produção de fioalexinas (indutoras de resistência das plantas às doenças e pragas), fortalecendo os mecanismos de resistência das plantas e a vida microbiológica do solo.

As algas tornam as plantas menos vulneráveis às variáveis abióticas, como temperatura, raios ultravioletas, salinidade, seca, etc., e melhoram a agregação do solo, minimizando a erosão e otimizando a aeração, aumentando a capacidade de retenção e de movimentação da água, desenvolvimento de raízes, além de fertilizá-lo.

Seu elevado teor de hidrocolóides também permite às algas condicionarem propriedades do solo que permitem a liberação lenta de minerais e moléculas ativas e manter a umidade do solo de acordo com a necessidade das plantas.

Também, os extratos de algas, se associados a adubos minerais, podem melhorar a absorção dos mesmos e seu aproveitamento dentro das plantas.

Para o solo

Como as algas marinhas favorecem a divisão celular, por ser rica em estimulantes naturais e nutrientes, seu emprego melhora o enraizamento dos vegetais, o que possibilita o melhor uso do solo, de água e de nutrientes. Isso porque o enraizamento será mais abundante e eficiente.

Outro aspecto interessante é a influência das algas na atividade fotossintética vegetal: a sua aplicação, pela riqueza em estimulantes naturais, aumenta os teores de clorofila, pigmento responsável por tal processo. Lembre-se que as algas são ricas em estimulantes e hormônios naturais que promovem a divisão celular.

Espécies de algas

São várias as espécies de algas marinhas, como por exemplo:

ð As castanhas ou pardas, como Saccharina latissima, L. hyperborea, Fucus serratus, Pelvetia caniculata, Ascophyllum nodosum, Himanthalia elongata, Chorda filu, Bifurcaria bifurcata, Cystoseira spp., Padina pavonica, Dictyota dichotoma, e Dictyopteris polypodioides

ð As vermelhas, como Ahnfeltia plicata, Chondrus crispus, Palmaria palmata, Ceramium shuttleworthianum e Delesseria sanguínea.

Plantas estressadas

Estresse em plantas é um problema causado por desvios das condições ótimas para a vida, que podem ser motivado por causas abióticas ou bióticas, e que provoca mudanças e respostas no metabolismo da planta, afeta o seu desenvolvimento e, por consequência, a produção.

As mudanças provocadas pelo estresse podem ser reversíveis ou irreversíveis. O estresse reversível pode ocorrer devido à capacidade elástica dos organismos de suportarem problemas. As funções fisiológicas são alteradas por um determinado período, retornando ao normal após a eliminação da condição estressante. Porém, após níveis intensos de estresse essa adaptação provoca alterações permanentes, causando danos e até morte.

A eficiência no uso da água por uma planta pode ser entendida como um mecanismo evolutivo por meio do qual adquire maior elasticidade para enfrentar possíveis déficits hídricos.

Os prejuízos causados às plantas pelo estresse são avaliados pela sobrevivência, crescimento, e a produtividade ou processos assimilatórios, como a absorção de CO2 e nutrientes. O déficit hídrico, o estresse provocado pelo calor, choque térmico, o resfriamento e o congelamento, a salinidade e as algas marinhas podem aumentar a resistência inata das plantas.

Entenda o processo

Quando as plantas são atacadas por pragas e doenças, elas tentam se proteger formando fiotoalexinas, que são substâncias que agem no aumento de resistência. E onde as algas podem auxiliar no processo de resistência ao estresse? Por exemplo: em condições de déficit hídrico.

Como se citou, as algas são seres muito ricos, por exemplo: têm alta concentração de alginato, um polissacarídeo que compõe a estrutura da parede celular das algas e que faz com que elas armazenem água nas células e permaneçam hidratadas por todo o período em que passam expostas ao sol.

O alginato desempenha no solo o papel de reter água e agregar as partículas do solo, proporcionando um ambiente ideal para o desenvolvimento das raízes e absorção dos nutrientes. Ainda, tem-se que o aminoácido prolina, presente nas águas, também protege contra problemas causados por déficit hídrico.

Condições de ataque de pragas e doenças

Observações de literatura têm demonstrado que o tratamento com produtos contendo algas marinhas induzem a produção de fitoalexinas, que são agentes promotores de resistência. Em resumo, são inúmeros os benefícios que a inclusão de extratos das algas no processo produtivo, podendo-se destacar:

ð Proporcionar melhor desenvolvimento das raízes – por favorecer a divisão celular – propiciando, assim, melhor arranque e estande, melhor exploração do solo e da água disponível;

ð Contribuição para a maior resistência a condições adversas (frio, salinidade, estresse hídrico,pragas e doenças, etc.), devido ao efeito de sua presença na formação de fitoalexinas e no enraizamento.

Assim, as algas podem ser empregadas na agricultura na forma líquida ou em pó, sendo usadas como fertilizantes bioestimulantes e/ou fitoprotetores, pois apresentam a capacidade de aumentar a resistência das plantas a doenças e até mesmo a geadas e ao déficit hídrico.

Mas, como usar? há produtos em pó e na forma líquida. Podem ser empregados via solo, foliar e no tratamento de sementes. A forma de apresentação é uma escolha do produtor. Entretanto, quanto às épocas e doses, dependem da cultura. Porém, se a condição estressante já se manifestou, a melhor opção é o uso imediato.


ExpertGrow em agricultura

Sérgio Donizetti Canela é produtor na Fazenda São Benedito, no município paulista de Itobi, onde cultiva 400 ha de soja, milho, batata e beterraba. Segundo ele, a Adama tem feito a diferença em suas lavouras: “O produto ExpertGrow, da Adama, vem deixando a lavoura mais vigorosa e com maior capacidade de explorar o potencial produtivo da mesma. Além deste, utilizo Cronnos, Azimut, Galil, Voraz, Nimitz e Goltix, todos com bons resultados”, garante.

A lavoura agradece

Desde que Sérgio tem adotado ExpertGrow, ele diz que suas lavouras se mostram mais produtivas. “Acreditamos que uma planta mais forte e preparada para enfrentar possíveis intempéries tendem a entregar maior capacidade de produção”, relata.

Foram realizadas três aplicações, acompanhando as entradas de fungicidas, nos estádios vegetativo, R1 e R2. “Não queremos que a planta passe por nenhum estresse, pois acreditamos que de qualquer forma a planta irá perder em produção caso venha passar por condições adversas. Mas, caso isso venha a ocorrer, com certeza o ExpertGrow irá nos ajudar a diminuir este impacto, auxiliando a planta a se recuperar com mais facilidade”, considera o produtor.

O que a ADAMA representa para o campo

Sérgio enxerga a Adama como uma excelente empresa. “É notório o crescimento dela nos últimos anos na nossa região. Tem um portfólio que atende bem a necessidade do produtor e consegue ter uma boa interface entre o campo e a empresa. Com certeza eu recomendo para meus colegas produtores, pois ela trabalha com produtos de muita consistência de resultados”, conclui.

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