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segunda-feira, maio 20, 2024
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Ferrugem asiática: Diagnóstico e manejo equivocado são os vilões

Autores

Jéssica Caroline Coppo
Doutoranda em Agronomia – Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Jussara Carla Frontti
Alfredo Alves Neto
Doutorandos em Agronomia – Unioeste
Mariele Zucchi
Engenheira agrônoma – PUC
Leandro Rampim
Doutor em Agronomia e professor – Unicentro
rampimleandro@hotmail.com

Crédito: Ana Maria Diniz

A ferrugem na soja pode ser denominada como ferrugem americana (P. meibomiae), ou ainda ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), duas espécies de fungo do gênero Phakopsora que causam a doença. Esta última é extremamente agressiva e pode chegar a ocasionar perdas de até 80% na produtividade, dependendo do estádio da cultura, da infestação e do grau de severidade do fungo.

 Dentre as medidas de controle da doença, o uso de fungicida é a mais utilizada, mas ainda há entrave que impede o maior controle da doença. Ao contrário de muitas doenças de humanos e animais, o dano causado em plantas não é eliminado, mesmo que o patógeno seja eliminado.

Atenção!

Em dezembro de 2016, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a recomendação de uso no Brasil de 63 fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática na cultura da soja, por não ter mais eficiência para controle da doença. Porém, algumas embalagens ainda não tiveram seus rótulos alterados e continuam com informação de que o fungicida é recomendado para o controle da doença, o que muitas vezes induz o produtor aplicar o produto, mas sem eficiência, necessitando de um número excessivo de aplicações.

Classificação

Os fungicidas podem ser classificados quanto à sua função na proteção (preventivos ou curativos), natureza química (inorgânico ou orgânico), ao modo e quanto ao espectro de ação: sítio-específico ou múltissítio. Fungicidas sítio-específicos contêm ativos contra um único ponto da via metabólica de um patógeno ou contra uma única enzima ou proteína necessária para o fungo.

O contrário acontece com os fungicidas multissítios, que agem em mais de um sitio bioquímico na célula do fungo e interagem com um número maior de genes, diminuindo a chance de surgimento de resistência.

A maioria dos fungicidas desenvolvidos atualmente tem o modo de ação sítio-específicos, porque estão associados ao baixo potencial de impacto negativo ao meio ambiente. Coincidentemente, este grupo de fungicida tem alto risco para o desenvolvimento de resistência em relação aos fungicidas de multissítios, pois com pequenas alterações no gene o patógeno pode se tornar resistente.

Associado a esse fato e à veracidade da doença, uma vez no campo a ferrugem é um entrave para que a cultura possa expressar seu máximo potencial produtivo.

Condições para a ferrugem

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