17.5 C
Nova Iorque
sábado, novembro 23, 2024
Início Revistas Grãos Mancha de phoma: Como identificar sua presença no cafeeiro?

Mancha de phoma: Como identificar sua presença no cafeeiro?

Autores

Cássio Pereira Honda Filho
Doutorando em Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (/UFLA)
cassiop.hondafv@gmail.com
Mariana Thereza Rodrigues Viana
Doutora em Fitotecnia – UFLA
marianatrv@gmail.com
Otávio Vitor Souza Andrade
Graduando em Agronomia – UFLA
otaviovsandrade@gmail.com
Crédito: Cássio Filho

Na cafeicultura, é importante estar atento à mancha de phoma. No Brasil, o principal agente etiológico é a Phoma tarda, mas estudos confirmam a presença de outras espécies do fungo.

O primeiro registro da doença foi em lavouras localizadas em altitudes elevadas no Estado do Espírito Santos e em regiões de Minas Gerais, como o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, expostas a ventos fortes e frios. A doença também tem sido relatada em outras regiões com as mesmas características climáticas.

Com os danos mecânicos causados pelos ventos fortes sendo acentuados em épocas frias, a penetração do fungo é facilitada. Nas épocas frias, normalmente a umidade relativa do ar é baixa, facilitando a ocorrência de rachaduras e injúrias nas folhas, pois as mesmas encontram-se quebradiças.

Outras injúrias causadas pela colheita também podem servir de entrada para o patógeno. Alguns tratos culturais devem ser levados em conta também, principalmente o balanço nutricional. Excessivas adubações nitrogenadas associadas a uma deficiência de cálcio e micronutrientes também favorecem a maior intensidade da doença.

Além de facilitar a entrada do patógeno, o clima frio também induz a sua reprodução. Períodos intermitentes de frio com temperaturas de 18 a 19ºC associados a ventos frios, chuva e altitude elevada propiciam condições favoráveis à reprodução do fungo. As condições favoráveis ocorrem geralmente nos meses de março, abril, setembro e outubro, podendo variar de região para região.

Danos

A mancha de phoma pode causar desfolha, queda de botões florais, abortamento de flores, mumificação de frutos, queda de chumbinhos e seca de ponteiros. Tudo isso influencia em grandes perdas na produção cafeeira.

Os sintomas são singulares, caracterizados por manchas circulares de cor escura e tamanho variados, podendo apresentar halos concêntricos. Outra característica importante na lesão é a ocorrência de pequenas pontuações de cor marrom escura, chamados de picnídeos.

Quando a injúria atinge a borda foliar, as mesmas se curvam, podem apresentar rachaduras, deformações, enrugam e podem até mostrar perfurações de tamanho variado. Quando atinge os ramos, o patógeno causa lesões profundas e escuras, podendo levar à seca da extremidade ou do ponteiro. Nos frutos verdes pode ocorrer mumificação, devido à colonização da roseta onde o fruto está inserido.

Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes

Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.