Autores
Talita de Santana Matos
talitasmatos@gmail.com
Elisamara Caldeira do Nascimento
elisamara.caldeira@gmail.com
Doutoras em Ciência do Solo – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Glaucio da Cruz Genuncio
Doutor em Ciência do Solo e professor de Fruticultura – Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
glauciogenuncio@gmail.com
O modelo de agricultura moderna exige novos desafios em toda cadeia produtiva. A atmosfera é a reserva de nitrogênio, assim as quantidades mais significativas do N presente no sistema solo-planta são provenientes dela.
Ele pode ingressar no sistema solo-planta por diferentes vias; como por exemplo, deposições atmosféricas através de descargas elétricas na atmosfera, fixação biológica de N2 por bactérias diazotróficas de vida livre, simbióticas e associadas às espécies vegetais e por meio de adubações químicas ou orgânicas.
O nitrogênio é um dos macroelementos empregados na forma de fertilizantes em grandes quantidades na agricultura moderna. Este nutriente é exigido em maior quantidade pelas plantas, fazendo parte de todos os seus aminoácidos e ácidos nucléicos, proteínas, hormônios e clorofila, além de vários outros compostos.
No metabolismo vegetal, tem como função a regulação de muitos processos, como enchimento de grãos e teor de proteínas, além de influenciar a utilização de outros nutrientes, como potássio e fósforo.
Entretanto, este elemento aplicado por meio de fertilizantes químicos também pode ser retirado do sistema por muitas vias, entre elas a lixiviação, volatilização de amônia e desnitrificação, além da exportação pela própria cultura.
Absorção
Estima-se que apenas 40% do N aplicado via fertilizante químico permaneça no solo. Sendo assim, torna-se indispensável o desenvolvimento de tecnologias que aumentem a eficiência de uso desse nutriente, que possibilite a utilização em sistemas orgânicos de produção e diminua o impacto ambiental causado pela sua utilização.
O N-verde, fertilizante orgânico desenvolvido pela Embrapa Agrobiologia (RJ), é um fertilizante orgânico produzido a partir de biomassa área, ou seja, todas as partes da planta, com exceção da raiz. É utilizado para sua produção espécies de plantas da família das leguminosas, com elevada capacidade de produzir biomassa (ou seja, elevada produção e acumulação de carbono) e com baixo custo de produção.
Essas plantas fazem simbiose com microrganismos de solo capazes de fixar nitrogênio atmosférico. Portanto, produzem uma biomassa rica neste nutriente.
Segundo pesquisadores, esse material apresenta em torno de 4% de nitrogênio, valor bem elevado, perto dos fertilizantes nitrogenados orgânicos que já existem no mercado. Além disso, também apresenta em sua constituição outros elementos essenciais ao desenvolvimento das plantas, como: fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre; e micronutrientes, como boro, ferro, manganês, molibdênio e zinco.
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