Para manter a planta bem nutrida e evitar problemas com deficiências, além de sustentar uma elevada produção, a demanda por fertilizantes pelos cafezais tem se tornado cada vez mais intensa
A primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para a produção da safra cafeeira (espécies arábica e conilon), em 2014, indica que o Brasil deverá colher entre 46,53 e 50,15 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado. O resultado representa desde uma redução de 5,4% a um crescimento de 2,02%, quando comparado com a produção de 49,15 milhões de sacas obtidas no ciclo anterior.
Salienta-se que o potencial produtivo dos cafeeiros, comprovado em pesquisas, é de mais de 100 sacas/ha. Mas, para que esse nível de produção seja alcançado, as plantas de café necessitam de diversos nutrientes, especialmente o potássio (K).
O potássio, para o cafeeiro, é tão exigido quanto o nitrogênio (N), sendo, um nutriente essencial para a cultura. Ele confere maior resistência às doenças, especialmente as fúngicas, e a estresses hídricos, por ser regulador da turgescência, atuando na abertura e no fechamento estomático.
Tal elemento atua na formação dos frutos de café, pois influi na atividade enzimática, na síntese e no transporte de carboidratos. Assim, há maior qualidade de bebida dos grãos de café nas plantas bem nutridas em potássio.
Na falta do potássio
Caso haja deficiência de potássio, as folhas velhas são as primeiras a serem afetadas, apresentando um amarelecimento de pontas e bordos que, posteriormente, secam e ficam marrons ou pretos, isto é, necróticos.
Os ramos com frutos podem secar da ponta para a base, há um aumento na porcentagem de frutos chochos e diminuição no tamanho dos grãos, comprometendo a qualidade de bebida. Por fim, a planta fica menos tolerante a estresses hídricos, frio e incidência de doenças.
Enchimento de grãos
Enilson de Barros Silva, professor de Fertilidade do Solo da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), explica que fisiologicamente a função do potássio é encher os grãos do café, pois o nutriente transporta os carboidratos produzidos na folha para os frutos de café, ocasionando o enchimento destes.
“Quando o cafeeiro inicia a primeira florada, começa a formação do fruto a partir do chumbinho. A aplicação deve ser dividida em três a quatro vezes, sempre no período de chuva, sendo o parcelamento realizado conforme a disponibilidade dela. É preciso lembrar que o produtor deve esperar aparecer o chumbinho para, então, aplicar o potássio, desde que haja chuva“, ensina o especialista.
A recomendação da dose, ainda segundo Enilson de Barros Silva, deve ser baseada em análise de solo com amostragem feita depois da colheita, na profundidade de zero a 20 cm. “É pela análise quÃmica do solo que se indica a quantidade adequada de nutriente para o próximo ciclo produtivo do café“, afirma.
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