17.5 C
Nova Iorque
sábado, setembro 21, 2024
Início Revistas Grãos Qual a relação do Boro com a produtividade?

Qual a relação do Boro com a produtividade?

Autora

Fernanda Cabral Pontes. Santaniel
Engenheira agrônoma, responsável pelo Departamento Técnico Compo Expert Brasil e Crop Manager Soja e Milho
Fotos: Shutterstock

Muito tem-se falado sobre o micronutriente Boro no Brasil, principalmente por este ser um limitante do rendimento das culturas em nosso país. Geralmente, o teor de Boro em solo brasileiro é baixo, sendo absorvido pelas plantas preferencialmente na forma de ácido bórico (H3BO3) ou Borato (H4BO4), classificado como pouco móvel pela maioria das plantas, considerando que a soja é uma das culturas anuais mais exigentes neste micronutriente e onde observamos recorrente deficiência na lavoura.

O Boro está relacionado a muitos processos fisiológicos da planta que são afetados pela sua deficiência, como transporte de açúcares, síntese da parede celular, lignificação, estrutura da parede celular, metabolismo de carboidratos, metabolismo de RNA, respiração, metabolismo de AIA, metabolismo fenólico, metabolismo de ascorbato e integridade da membrana plasmática.

Ação na planta

Entre as diversas funções do Boro, duas estão muito bem definidas: síntese da parede celular e integridade da membrana plasmática (Cakmak & Römheld, 1998). Mediante tal relevância para o crescimento e desenvolvimento das plantas, este é um dos micronutrientes mais estudados e explorados.

O Boro, como via de regra, é translocado via xilema e imóvel via floema. Por ser um micronutriente aniônico, não é passível de quelatação, mas estudos observaram que alguns açúcares são capazes de complexar este nutriente e conferir mobilidade dentro da planta, identificados como açúcares álcoois ou polióis, como sorbitol, dulcitol e manitol.

De acordo com Rosolem e Boaretto (1989), a época de aplicação exerce influência na produtividade de grãos e produção de sementes, pois maior demanda de nutrientes pelas plantas de soja ocorre nos estádios R1 a R5. Devido a este pico de demanda ser maior na fase reprodutiva da cultura, observa-se a necessidade crescente de aporte complementar via foliar deste nutriente para auxiliar no pegamento de flores e granação.

Trabalho conduzido na cultura da soja (variedade TMG 4182), Primavera do Leste/MT na safra 2018/19:

Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes

Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.