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Qualidade é essencial às mudas de café

 

Luiz Paulo Vilela

luizpaulo.oliveira@rehagro.com.br

Diego Rosa Baquião

diego.baquiao@rehagro.com.br

Consultores Rehagro

 

Crédito Cristiano Soares de Oliveira
Crédito Cristiano Soares de Oliveira

A produção de mudas de café arábica em viveiro é um dos pontos de grande importância na formação da lavoura. A produção das próximas safras pode depender, entre outros fatores, da escolha de mudas de qualidade.

Como o café é uma cultura que pode ser viável por vários anos, é preciso cuidado na formação da lavoura, desde o planejamento do viveiro até o plantio das mudas no campo, para que não ocorra uma grande taxa de replantio.

Escolha da área do viveiro

Para escolher o local do viveiro de café é necessário levar em consideração fatores importantes que podem facilitar todos os tratos culturais que serão realizados ali.

O viveiro deve ser longe de lavouras antigas, evitando a transmissão de pragas e doenças, deve ter um bom acesso, pois se deve ressaltar que essas mudas serão retiradas do viveiro no período chuvoso, a topografia do local deve ser levemente inclinada para evitar o risco de empoçamento de água e a localização deve ser onde não haja problemas com abastecimento de água e geadas.

A área escolhida deve ser preparada para a montagem do viveiro. Caso o local tenha vegetação, deve ser feita a limpeza com roçadeiras, trinchas, entre outras formas. O acerto do terreno pode ser feito com tratores de esteira ou de pneu com lâmina, desde que sejam aptos o suficiente para raspar todo o chão do terreno, deixando-o com uma boa declividade.

Após este acerto, o terreno deve ser compactado para que não haja formação de lama quando começar a montagem do viveiro. Ao redor, devem-se fazer drenos que evitarão a passagem de enxurradas para dentro do viveiro, prevenindo, por exemplo, contra o risco de contaminação por nematoides.

Após a germinação, as mudas devem ser irrigadas diariamente - Crédito Cristiano Soares de Oliveira
Após a germinação, as mudas devem ser irrigadas diariamente – Crédito Cristiano Soares de Oliveira

Montagem do viveiro

Esta etapa é cheia de detalhes e deve haver grande exigência quanto à qualidade de montagem, conhecendo as exigências de tamanho do viveiro. Os viveiros de cafés variam de forma e tamanho, dependendo das particularidades de cada propriedade.

Deve ser bem planejado e montado para que ocorra um bom rendimento nos tratos culturais a serem realizados e na retirada das mudas do viveiro. Um passo importante na montagem é pedir ajuda a pessoas que tenham experiência com viveiros, e realizar visitas aos já implantados, para observar os minuciosos detalhes que fazem toda diferença na busca de um menor custo com mão de obra.

Uma prática importante é sempre nomear um chefe de turma experiente, que saiba lidar com as pessoas e que tenha uma visão crítica da situação dos serviços que estão sendo realizados. Esta pessoa deve ser bem treinada pela fazenda para que consiga ter um bom rendimento.

Para a execução dos serviços não se esqueça dos materiais utilizados: bambu, trena métrica, corda, cabo de aço, linha de pedreiro, pregos e outros materiais que podem variar com o tipo de montagem de cada viveiro. Preocupe-se também com o uso de ferramentas e a prontidão destas para uma boa execução dos serviços.

A alocação correta do viveiro é muito importante, devendo saber quais serão as dimensões de acordo com a necessidade de mudas necessárias no plantio. Os canteiros devem ter distância entre si de, no mínimo, 40 cm, e a largura do canteiro deve ser entre 1,1 e 1,2 m (canteiros com maiores larguras dificultam os tratos culturais). Sabendo que cada metro quadrado abriga aproximadamente 250 mudas, é possível planejar as dimensões do viveiro.

Para uma boa qualidade na semeadura, é preciso um cuidado especial com as sementes destinadas à produção de mudas - Crédito Miriam Lins
Para uma boa qualidade na semeadura, é preciso um cuidado especial com as sementes destinadas à produção de mudas – Crédito Miriam Lins

Preparo de substratos

Para um bom preparo do substrato deve-se alertar primeiramente para a qualidade da terra que será utilizada. Alguns fatores devem ser observados neste sentido: baixa densidade, porosidade, elevada capacidade de troca catiônica, boa capacidade de retenção de água, isenta de pragas e doenças, livre de sementes de plantas daninhas e coesão entre as partículas.

Normalmente as melhores camadas são os horizontes B e C, sendo que o A também pode ser utilizado. Esta terra deve passar por análises para não ocorrer risco de conter patógenos e nematoides.

O substrato é composto basicamente por três componentes: terra, adubo orgânico (estercos) e adubo químico (super simples e cloreto de potássio). A terra e o esterco só estarão prontos para a mistura do substrato depois de peneirados. Para o peneiramento desta terra utilize tratores com conchas traseiras ou dianteiras e peneiras maiores com duas camadas de telas, tendo o rendimento operacional melhorado. O rendimento desta mistura é de 1.200 saquinhos por metro cúbico de substrato.

Pesquisas

Após várias pesquisas, chegou-se à conclusão de que a mistura de substratos ideal é:

  • 700 litros de terra, nas condições já requisitadas;
  • 300 litros de esterco de curral ou 90 litros de esterco de galinha curtido;
  • 5 quilos de superfosfato simples;
  • 0,5 quilo de cloreto de potássio.

Essa matéria completa você encontra na edição de fevereiro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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