Autores
Glaucio da Cruz Genuncio
Professor de Fruticultura – Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
glauciogenuncio@gmail.com
Rafael Campagnol
Professor de Olericultura da UFMT
Talita de Santana Matos
Elisamara Caldeira do Nascimento
Doutoras em Agronomia – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
O cultivo comercial da rúcula na hidroponia vem se destacando há mais de oito anos, com crescimentos expressivos ano a ano. Este crescimento é devido tanto à sua demanda por área produtiva como em consumo. O uso da hidroponia para o cultivo de rúcula pode aumentar em até 200 vezes a produtividade para esta cultura
Nesse sistema possibilita ganhos agronômicos significativos, tais como: redução de ciclo, ganho de em peso, aumento da produção por área e, consequentemente, produtividade, além da ampla aceitabilidade do mercado consumidor, tanto pelo sabor quanto por ser possuidora de elevado conteúdo nutricional, como K, S, Fe, proteínas, vitaminas A e C.
Tomando como base o sistema de fluxo laminar de nutrientes (NFT), o produtor deve manejar a solução nutritiva para a rúcula de forma eficiente, tanto na aplicação da solução nutritiva (chamada de solução nutritiva inicial) quanto da solução complementar (solução de reposição).
Antes da aplicação da solução nutritiva para a rúcula, o produtor deve se certificar do adequado nível da caixa, assim como se o pH está próximo a 5,8, além da não existência da presença de detritos dentro da caixa, assim como se a irrigação para bancada está restrita, uma vez que durante este manejo as bancadas deverão estar isoladas do sistema.
Vale ressaltar que é nesta hora que manuseamos soluções concentradas e, com isso, o contato com as raízes pode causar estresse às plantas de rúcula. Então, fica a dica: o horário de aplicação de nutrientes para a cultura da rúcula é na parte da manhã, pois é quando a cultura começa a fazer fotossíntese.
Cuidados com a técnica
A aplicação de soluções nutritivas tem regras, de modo geral, como restringir a mistura de Ca com PO4 (fosfatos) e SO4 (sulfatos), presentes, por exemplo, no MAP e sulfato de magnésio, respectivamente. A mistura pode formar gesso (sulfato de cálcio), que ao precipitar indisponibilizará Ca e SO4 às plantas de rúcula.
Assim, recomenda-se fazer a mistura em recipientes separados e, após a solubilização, aplicar no reservatório, o qual, por possuir um volume adequado de água, fará com que por dissociação os nutrientes não reajam.
O controle do pH tem relação com reações que podem indisponibilizar, principalmente, micronutrientes como, por exemplo, o Fe e o Mn (altamente demandados pela rúcula). Atualmente, essas reações são minimizadas pelo uso de fertilizantes quelatados, com distinção do quelato utilizado.
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