Autores
Talita de Santana Matos
talitasnatos@gmail.com
Elisamara Cadeira do Nascimento
elisamara.caldeira@gmail.com
Doutoras em Agronomia/Ciência do Solo – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Glaucio da Cruz Genuncio
Doutor em Nutrição Mineral de Plantas e professor do departamento de Fitotecnia – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
glauciogenuncio@gmail.com
Dentre as pragas mais prejudiciais para a cultura do milho está a lagarta-do-cartucho, capaz de reduzir entre 17,7 a 55,6% o rendimento de grãos. Sua gama de hospedeiros inclui, no entanto, quase 100 espécies de plantas em 27 famílias. Essa compreende um complexo de espécies do gênero Spodoptera, constituído no Brasil principalmente por quatro espécies, Spodoptera frugiperda, Spodoptera eridania, Spodoptera cosmioides, e Spodoptera albula. É considerada a mais prejudicial, por atacar as plantas tanto na fase vegetativa quanto na fase reprodutiva. Sua ocorrência é mais abundante nos períodos de estiagem.
Os insetos adultos são mariposas de hábitos noturnos. As fêmeas depositam os ovos nas folhas das plantas hospedeiras e depois os cobrem com pelos e escamas que retiram do próprio corpo. A duração do período larval pode chegar a 30 dias. As pupas são encontradas no solo, a poucos centímetros de profundidade. O ciclo do ovo ao adulto dura de 20 a 60 dias, dependendo das condições climáticas.
Ataque
O início do ataque ocorre pela colocação de ovos nas folhas, dando origem a lagartas muito pequenas que raspam a folha de milho, deixando uma membrana translúcida para trás. A fase de ovo dura cerca de três dias. As lagartas iniciam raspando as folhas mais novas, antes mesmo delas se abrirem. Quando maiores, alojam-se no cartucho do milho e começam a devorar as folhas novas e a parte apical do colmo. Os sinais de seu ataque são folhas que já nascem recortadas e detritos no interior do cartucho.
À medida que as lagartas crescem, aumentam os danos nas folhas e no cartucho do milho. Bem desenvolvida, a lagarta mede em torno de 5,0 cm de comprimento, e a fase larval dura de 12 a 30 dias.
O ataque quando ocorre nos primeiros estádios de desenvolvimento da cultura, e pode provocar a morte das plantas, reduzindo o estande. Em estádios mais adiantados, pode atacar o pendão e até mesmo as espigas em formação. Também podem ocasionam má formação ou mesmo impedir a formação de grãos.
O ataque deste inseto também pode levar a danos diretos às plantas, por meio de sua penetração nos tecidos, onde deixam orifícios que se constituem porta de entrada para fungos e bactérias, agentes estes causadores de várias doenças, diminuindo o potencial de produção e a qualidade dos grãos.
As larvas também penetram no colmo através do cartucho, causando o sintoma conhecido como “coração morto”, devido a danos ao ponto de crescimento da planta.
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