Autores
Damaris Eugênia Dina
damaris.dina@outlook.com
Luan Fernando Mendes
luan.mendes14@hotmail.com
Graduandos em Engenharia Agronômica – Centro Universitário Sudoeste Paulista (UNIFSP)
Letícia Galhardo Jorge
Bióloga e mestranda em Botânica – IBB/UNESP
leticia_1307@hotmail.com
Bruno Novaes Menezes Martins
Engenheiro agrônomo, doutor em Horticultura e professor – UNIFSP
brunonovaes17@hotmail.com
Outro fator importante a se atentar está na qualidade da semeadura, que será tão determinante quanto a qualidade da semente, já que falhas ou duplas no plantio podem gerar prejuízos ao produtor.
Portanto, índice de germinação, vigor e pureza se estabelecem como o tripé da segurança para o produtor na hora da escolha da semente. Assim, assume-se que as sementes sem certificação, ou as chamadas sementes piratas, são um grande risco para o potencial de lavoura, já que elas não passam pelos rigorosos processos de certificação e não possuem qualquer garantia.
Muitas vezes essas sementes são produzidas para próprio consumo do produtor que, quando a produção excede sua necessidade, acaba comercializando-a ilegalmente. A qualidade da soja é um somatório de atributos físicos, sanitários, genéticos e fisiológicos.
Germinação
A germinação acontece na quebra da dormência da semente em condições favoráveis ao desenvolvimento. Na fase de embebição ocorre a absorção e umedecimento de tecidos. Logo após, na fase de indução de crescimento, a absorção de água diminui e os tecidos começam a se desenvolver. Finalizando, ocorrerá o crescimento do eixo embrionário, que consiste na expansão celular e ruptura do tegumento com a radícula.
Já o vigor se dá pela força da semente para emergir uma planta e gerar, primeiramente, folha unifoliolada, que é considerada por muitos como o primeiro “painel solar” e, posteriormente, a folha trifoliolada. Ele influenciará em diversos pontos e terá consequências práticas nos estádios iniciais do desenvolvimento, determinando o potencial de produção por planta.
O crescimento inicial determinará:
ð A quantidade de captura de luz pelas folhas;
ð Capacidade competitiva;
ð Sombreamento da superfície de solo que auxiliará na retenção de água;
ð Fechamento entrelinhas mais rápido, evitando surgimento de daninhas.
Como deve ser
Para ser considerada de alta qualidade, a semente de soja obrigatoriamente tem que ter alta taxa de vigor, germinação e sanidade, além de garantia de pureza genética e não conter sementes de plantas daninhas. Esses critérios buscam garantir a exploração máxima do material genético em campo.
O alto vigor se expressa na rápida germinação de uma população uniforme, que tolerará condições de estresse, como por exemplo, a seca após a semeadura, uma frente fria ou compactação superficial do solo.
Os critérios para avaliação de semente de soja são estabelecidos em legislação por meio da Lei Nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, e Normativa Nº 9, de junho de 2005, verificadas por entidades fiscalizadoras pertencentes às Secretarias de Agricultura ou ao próprio Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As inspeções acontecem desde o estabelecimento do campo de semente, passam pela armazenagem e vão até os testes de amostragem, antes da comercialização.
São diversas etapas para produção de sementes certificadas:
” Registro no MAPA – Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem);
” Cultivo com sementes de origem selecionada, com classe superior e maior pureza;
” Boas práticas de manejo em campo;
” Testes em laboratório antes do beneficiamento;
” Separação por tamanho, peso, densidade, perfeição da circunferência, idade e umidade específicos;
” Resfriamento, ensacamento, identificação e armazenamento.
Importância de adquirir sementes certificadas
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