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quinta-feira, maio 9, 2024
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Pitaia: Nutrição e adubação

Autores

Guilherme Antonio Vieira de Andrade
Engenheiro agrônomo e mestrando em Fitotecnia – Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Fábio Oseias dos Reis Silva
Doutor e pesquisador – UFLA foseias_ufrrj@hotmail.com
Crédito Ellison Oliveira

O cultivo da pitaia tem se expandido pelas diferentes regiões brasileiras. Atualmente, seu plantio tem sido feito desde as regiões do sul até o norte do Brasil, deixando de ser uma fruta promissora para virar realidade no cenário da fruticultura nacional.

A planta tem se adaptado a diferentes condições edafoclimáticas, contudo, para o cultivo de plantas com boa qualidade fitossanitária, com produtividades elevadas e frutos de qualidade, é necessário que o produtor conheça as questões relacionadas a nutrição da pitaia.

Para obter frutos de qualidade, altas produtividades e manter a fitossanidade das pitaias, além de manejos como podas, polinização, controle de pragas, doenças e plantas daninhas, é imprescindível monitorar o estado nutricional das plantas e do solo e repor os nutrientes necessários de forma a manter o equilíbrio nutricional do solo para que haja bom desenvolvimento da frutífera.

No entanto, antes de adentrar no assunto nutrição mineral de pitaias, é crucial levar em consideração alguns aspectos essenciais para que se obtenha o resultado desejado. O cultivo da pitaia só será satisfatório levando em consideração o conjunto de fatores edafoclimáticos que sustentarão e darão suporte às plantas, notadamente essa cactácea denominada perene, que permanecerá no campo por muitos anos.

Dessa forma, fica claro e evidente que se deve dar atenção especial não só ao aspecto nutricional propriamente dito, mas também é preciso olhar do ponto de vista mais amplo, considerando a umidade de solo, fitossanidade da planta, fontes de adubos e momento de aplicação, microbiota e pH do solo, entre outros.

Acidez e calagem do solo

Para uma eficiente nutrição de pitaias, é necessário fazer a correção da acidez do solo, por meio da prática da calagem, sobretudo para reduzir a toxidez de elementos tóxicos, como H+, Al3+ e Mn2+ e para elevar o pH do solo, buscando uma melhoria na disponibilidade dos nutrientes como nitrogênio, enxofre, fósforo e boro.

Além dos elementos citados, a disponibilização de cálcio e magnésio provenientes da adição de calcário é outro benefício da calagem. A faixa de pH ideal para a maioria das culturas se encontra entre 5,5 e 6,5, permitindo boa absorção de macronutrientes, sem reduzir drasticamente a disponibilidade de micronutrientes, mantendo equilíbrio entre o solo e a planta.

Um dos métodos frequentemente utilizados na prática da calagem é a elevação da saturação de bases (V%), no qual, em pitaia, tem se preconizado elevar a saturação a 70%.

Em experimento avaliando o crescimento inicial em dois tipos de solo, sendo um Neossolo Quartzarênico e um Latossolo Distrófico, verificou-se elevada resposta à calagem até as doses mais elevadas, que proporcionou valores de pH de 6,6 e 7,0 no Latossolo e Neossolo, respectivamente, e a saturação por bases em torno de 70%.

No crescimento inicial da pitaia, verifica-se grande resposta à calagem, sendo necessário doses maiores para estimar até que ponto esse crescimento ocorre. Porém, é importante frisar que doses elevadas de calcário podem reduzir a disponibilidade de nutrientes como K, N e micronutrientes.

O K é o nutriente mais acumulado pelos cladódios de pitaia, sendo que a sua redução na absorção é diretamente relacionada a altos teores de Ca e Mg provenientes de altas calagens.

Adubação com macronutrientes

A adubação de plantas pode ser ajustada utilizando diferentes parâmetros, como curvas de doses respostas, tabelas de recomendações para culturas mais conhecidas e pelo balanço nutricional, sendo que a dose varia conforme a demanda das plantas, com o que o solo e matéria orgânica conseguem fornecer e de acordo com a eficiência de recuperação de cada fertilizante nos diferentes tipos de solo.

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